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Gesso acartonado criado na UFPB oferece novas alternativas à indústria da construção civil
Com produção em grande escala, um dos ramos da indústria que mais gera desperdício é o da construção civil, grande responsável pela geração de resíduos em maiores proporções. Para reduzir esse desperdício e dar novas soluções para materiais em desuso, uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveu um processo de fabricação de placas de gesso acartonado a partir do aproveitamento do resíduo de gesso não calcinado.
O processo de fabricação desenvolvido proporciona menor consumo energético durante a produção e menor custo final do produto, bem como maior acesso para indústrias de gesso dos mais diversos portes.
O projeto de ‘Fabricação de gesso acartonado a partir da reciclagem do resíduo de gesso sem o processo de calcinação’ foi parte de pesquisas desenvolvidas durante o doutorado de Jeferson Mack, professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), sob orientação do Dr. Sandro Marden, professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro de Tecnologia da UFPB.
O resultado da pesquisa, cuja patente foi depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 2016, torna-se ainda mais relevante em virtude do nível de uso do material nas construções atuais. “O gesso passou a ser usado em muito mais elementos construtivos do que antigamente, quando era predominantemente forro, mas, a partir de uma certa época, o gesso também passou a ter espaço em elementos de vedação como alvenaria. Assim, aumentou ainda mais o seu uso e, consequentemente, o volume de resíduos”, explicou o professor Sandro Marden.
Ao ser usado em diversos tipos de construções, o material, que está presente no cotidiano do brasileiro, costuma ter um grande nível de desperdício, gerando um custo maior para o seu uso. Portanto, uma das vantagens que esse novo produto traz é reduzir os custos e garantir mais sustentabilidade. Para o professor, além de reaproveitar um material cujo destino seria o lixo, é possível economizar por não adquirir um material de mineração e ainda reduzir os gastos pela redução da quantidade de material para descarte.
Para além da indústria civil, a sociedade pode ser beneficiada como um todo pela inovação do produto que também pode ser usado em pequenas reformas e construções. O professor ressaltou a possibilidade de criação de novos nichos nos setores mercadológicos envolvendo a reciclagem do gesso. “Imagine que você cria um segmento à parte, seja uma associação, uma cooperativa que faça só essa reciclagem, por exemplo, então, você está gerando um novo nicho de mercado para um novo segmento”, completou o professor Sandro Marden.
Acesse a notícia na página da Universidade Federal da Paraíba.
Fonte: Vitória Quézia, Milena Dantas e Aline Lins, Ascom UFPB.
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