Destaque

Estudo traz de forma inédita os limites para se evitar colapso na Amazônia

Fonte

UFSC | Universidade Federal de Santa Catarina

Data

domingo, 18 fevereiro 2024 12:35

Uma abordagem inédita e holística sobre a resiliência da Floresta Amazônica desenvolvida por uma equipe internacional de cientistas – incluindo pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – é destaque na revista científica Nature.

A pesquisa faz uma revisão de dados completa e traça cenários a partir do mapeamento de cinco elementos de stress que afetam a região:

  • o aquecimento global;
  • a chuva anual;
  • a intensidade da sazonalidade das chuvas;
  • a duração da estação seca e
  • o desmatamento acumulado.

Além disso, os pesquisadores apontam caminhos possíveis para uma mudança de cenário que possa evitar o colapso. A estimativa é de que, nos próximos 25 anos, de 10% a 47% da Amazônia possam chegar a um ponto de não retorno, com transições inesperadas na paisagem.

A pesquisa foi liderada pelo cientista Dr. Bernardo Monteiro Flores, que faz pós-doutorado em Ecologia na UFSC, com supervisão da professora Dra. Marina Hirota, coautora do estudo. Além deles, a Dra. Catarina Jakovac, professora do Departamento de Fitotecnia, e a Dra. Carolina Levis, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, também assinam o artigo, que conta com a autoria de cientistas renomados, incluindo o Dr. Carlos Nobre, um dos especialistas brasileiros em climatologia mais citados no mundo.

A análise minuciosa, que foi tema de um relatório lançado em 2021 e traz dados atualizados sob novas perspectivas, apresenta evidências da aproximação da floresta amazônica de um ponto crítico – o que os cientistas chamam de ‘ponto de não retorno’. A partir de imagens de satélite, dados de observação do clima, modelos climáticos e evidências da paleoecologia, foi possível entender os principais fatores de stress da floresta e como a interação entre eles pode acelerar ainda mais a destruição de um ecossistema.

“Todos os efeitos de stress estão relacionados à água. Para cada uma dessas cinco variáveis há limiares críticos. E a interação entre esses estressores pode ter um efeito sinérgico”, destacou o Dr. Bernardo Flores. “Nós usamos todos os conhecimentos disponíveis para entender os limiares em que a floresta deixaria de existir”.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Santa Catarina.

Fonte: Amanda Miranda, Agecom/UFSC.

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