Destaque

Estudo evidencia a importância de relações cooperativas entre humanos e animais selvagens

Fonte

UFRGS | Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Data

domingo, 3 julho 2022 11:35

Uma pesquisa publicada recentemente na revista científica Conservation Letters analisou a importância das interações mutuamente benéficas entre humanos e animais selvagens. Os autores do texto – um grupo internacional e interdisciplinar de mais de 40 especialistas, incluindo biólogos, antropólogos, linguistas, pescadores e catadores de mel de conservação – ressaltam como devem ser feitas medidas de proteção a favor da cooperação desses grupos.

O Dr. Ignacio Moreno, coautor do trabalho e professor do Departamento Interdisciplinar do Campus Litoral Norte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), citou que a pesquisa definiu seis tópicos para que possa ser possível a manutenção dessas interações. Dentre eles, destacam-se: o estabelecimento de estratégias de conservação éticas em conjunto com as comunidades humanas participantes; a proteção dos ambientes adequados; a busca por uma transmissão cultural local facilitada; a ampla disponibilização dos conhecimentos tradicionais e científicos; e a realização de estudos empíricos de longo prazo para melhor compreender essas interações e identificar ameaças.

Outro fator a ser destacado nessa pesquisa é que assinam o artigo, além de pesquisadores de diversas universidades da Europa, África, Ásia, América do Norte e América do Sul, pessoas que vivem o cotidiano abordado pelo estudo e não são vinculadas a instituições acadêmicas, como catadores de mel e pescadores artesanais. Com essa aplicação, o trabalho evidencia que planos de proteção sob medida – isto é, discutidos em conjunto com as comunidades locais – são, portanto, necessários para proteger essas interações. “Esse trabalho foi feito de uma forma a compilar os dados presentes na literatura, revisar e organizá-los. Quando começamos a pensar nessa questão, achamos interessante que os pescadores fossem ouvidos, e muito do que está escrito foi discutido ou trazido por eles”, destacou o professor Ignacio.

“O trabalho teve uma contribuição muito importante do ponto de vista socioeconômico e sociocultural. Porque aqui trouxemos o componente ‘humano’ como sendo muito importante também. Geralmente as pessoas entendem que, para preservar a natureza, o ser humano tem que estar deslocado dela, que não fazemos parte da natureza. Cientistas, conservacionistas e comunidades locais devem colaborar para identificar as ameaças específicas que os casos de cooperação entre humanos e animais selvagens enfrentam e contê-las, conscientizar o público e documentar os aspectos insubstituíveis do patrimônio cultural que representam”, concluiu o pesquisador.

Acesse o artigo cientifico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Jornal da Universidade Ciência/UFRGS.

Fonte: Gabhriel Giordan, JU Ciência/UFRGS.

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