Destaque

Estudo do INPE MCTI sobre a Floresta Amazônica é capa na revista “Science Advances”

Fonte

INPE | Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Data

segunda-feira, 5 outubro 2020 14:25

Utilizando dados de escaneamento 3D a laser LIDAR aerotransportado sobre a floresta amazônica e mapas de 16 anos (2000-2015) da cobertura florestal, cientistas do Brasil, Europa e Estados Unidos da América quantificaram, a partir de uma análise integrada, a perda dos estoques de carbono do bioma Amazônia devido ao desmatamento e ao efeito de borda e descobriram que efeitos indiretos do desmatamento podem causar perdas de carbono não contabilizadas na Amazônia. Por sua relevância, o estudo teve destaque na capa da revista científica Science Advances.

Segundo Celso Silva Júnior, doutorando em Sensoriamento Remoto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), “entre 2001 e 2015 o desmatamento na Amazônia foi responsável por uma perda de 2,6 bilhões de toneladas de carbono, enquanto que o efeito de borda causou uma perda adicional de 947 milhões de toneladas”. Enquanto o Brasil contribuía em média com 67% para as perdas por efeito de borda e 79% para as perdas por desmatamento, o Suriname contribuiu apenas com 1% e 0,5%, respectivamente. Silva complementa que essa perda adicional de carbono por efeito de borda não é considerada nos inventários de gases do efeito estufa e balanços globais de carbono. “As emissões de carbono são, portanto, subestimadas, comprometendo a eficácia de planos para compensação da emissão desses gases”, comentou o pesquisador.

O Dr. Luiz Eduardo de Aragão, Chefe do Divisão de Observação da Terra e Geoinformática – DIOTG – do INPE onde o estudo foi conduzido, e co-autor do trabalho, destaca que este estudo construiu uma base de conhecimento importante para a gestão dos recursos naturais visando a mitigação das mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável dos países amazônicos.

“Conhecer a real dimensão das emissões de dióxido de carbono relacionadas as ações antrópicas na Amazônia é o primeiro passo para elaborarmos estratégias específicas para tratar cada componente responsável por estas emissões, incluindo o desmatamento, o efeito de borda, os incêndios florestais e a extração seletiva de madeira. O conhecimento da magnitude destas emissões abordadas no artigo demonstra que qualquer intervenção na floresta não pode ser desordenada, estas devem ser planejadas, dentro de um escopo de planejamento do uso da paisagem, visando minimizar a formação das bordas florestais”, conclui o Dr. Luiz de Aragão.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do INPE.

Fonte: INPE.

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