Destaque

Equipe multidisciplinar do IPT elabora planos para gestão de resíduos de construção civil e de serviço de saúde para o município de Mairinque

Fonte

IPT | Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

Data

sexta-feira, 7 agosto 2020 18:15

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por meio do Laboratório de Materiais de Construção Civil e do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas, elaborou os Planos de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (RCC) e de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) do município de Mairinque (SP).

Mairinque é um município do estado de São Paulo que está localizado na Região Administrativa de Sorocaba e possui, aproximadamente, 45 mil habitantes. A cidade já possuía um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), que também foi elaborado pelo IPT em 2015, mas ainda não possuía os planos específicos de gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (RCC) e de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS).

Os planos de gestão integrada de resíduos sólidos geralmente são elaborados de maneira global, indicando as estratégias a serem adotadas no âmbito de todos os resíduos gerados no município, e não entra em detalhes específicos de cada tipo de resíduo. Por isso, existe a necessidade da realização dos planos de gerenciamento específicos de cada um deles. No caso, o município de Mairinque ainda não possuía nem o plano específico de resíduos de construção civil, nem o de serviços da saúde.

Resíduos de Serviços de Saúde

Em relação aos Resíduos de Serviços de Saúde, conforme dados disponibilizados pelo município, foi constatado que Mairinque gerou, no ano de 2017, aproximadamente 27,7 toneladas apenas da chamada fração perigosa, ou seja, materiais com contaminação biológica e risco de infecção, outros que contêm substâncias químicas e risco à saúde pública e ao meio ambiente e, finalmente, os perfurocortantes, como agulhas e ampolas de vidro.

Deste total, 78% dos resíduos pertencem ao Grupo A, que possuem possível presença de agentes biológicos e, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Deste grupo, 20% são referentes às carcaças de animais mortos e 58% incluem bolsas de soro e de transfusão sanguínea, algodões, gazes e papéis contaminados biologicamente.

Além do Grupo A, Mairinque gera 2% de RSS do Grupo B (produtos químicos e medicamentos vencidos, por exemplo) e 17% de resíduos perfurocortantes (Grupo E). Estima-se que 3% dos RSS destinados juntamente à fração perigosa sejam referentes ao descarte incorreto de resíduos classificados no grupo D (resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares), que são indevidamente misturados aos perigosos, como caixas de medicamentos e embalagens de alimentos, entre outros.

Os RSS constituídos pela fração não perigosa gerados nos estabelecimentos de saúde (Grupo D), como resíduos de escritório e restos de alimentos dos leitos hospitalares ocupados, entre outros, não são contabilizados pelo município, visto que estes são coletados juntamente com os resíduos domiciliares; no entanto, o estudo realizado pelo IPT estimou uma geração de, aproximadamente, 101 toneladas/ano da fração não perigosa de RSS.

O trabalho realizado pelo IPT verificou que os principais geradores de RSS de Mairinque são o Pronto Atendimento (PA) do município, que representa 56% da geração municipal, seguido pela maior clínica veterinária de Mairinque (36%) e pela Unidade Básica de Saúde (4%), seguidos por demais clínicas de saúde de menor porte, assim como farmácias e drogarias (4%).

Segundo a pesquisadora Fernanda Peixoto Manéo, do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas, “é importante que os municípios tenham um maior controle da elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde por parte dos estabelecimentos geradores públicos e privados, assim como instituir programas de educação ambiental para as equipes envolvidas no descarte e manuseio de RSS e uma melhoria na infraestrutura dos locais de armazenamento temporário dos estabelecimentos”.

Acesse a notícia completa na página do IPT.

Fonte: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.

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