Destaque
Encontro trata do papel da engenharia popular no empoderamento e sustentabilidade de comunidades
Engenharia popular (EP) designa uma prática brasileira da engenharia que busca não apenas a construção participativa do diagnóstico e da solução do problema técnico enfrentado por um grupo popular, mas também a gradativa construção de uma ordem sociotécnica para maior empoderamento, sustentabilidade ambiental e igualdade.
Para apresentar e discutir essa prática, o Grupo de Pesquisa Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia realiza, nos dias 14 e 15 de agosto, no IEA, a Jornada Engenharia Popular: Caracterização, Desafios e Potencialidade.
O encontro terá a participação de pesquisadores de várias universidades brasileiras e da Universidade Nacional da Colômbia, representantes de movimentos sociais e profissionais de engenharia (v. programação). O evento é público e gratuito, mas requer inscrição prévia. Para assisti-lo ao vivo pela internet não é preciso se inscrever.
De acordo com os pesquisadores, o movimentou surgiu no início dos anos 2000 a partir da conjugação de três tradições: a economia solidária, a tecnologia social e a extensão universitária. Uma das experiências de EP a serem debatidas na jornada é a atuação da Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (Repos).
“A EP pressupõe necessariamente processos e metodologias que assegurem tanto o resgate ou a escuta dos saberes, valores, perspectivas e estéticas dos grupos populares com os quais o profissional trabalha quanto a incorporação desses aspectos na elaboração da solução técnica”, explicam os organizadores.
A jornada dará ênfase a quatros aspectos:
- a apresentação de demandas por soluções técnicas adequadas por alguns movimentos sociais;
- a caracterização da EP, de acordo com a forma que a Repos a desenvolve;
- a problematização desse tipo de atuação popular da engenharia a partir de desafios que ela não pode se furtar a enfrentar;
- a enriquecimento da tradição da EP a partir do diálogo com outras iniciativas populares de projeto e tecnologia.
Fonte: Mauro Ballesa, IEA-USP. Imagem: Divulgação.
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