Destaque

Desmatamento responde por 81% do metano emitido por queimadas

Fonte

IPAM | Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

Data

segunda-feira, 24 outubro 2022 07:05

De olho nas demandas do Compromisso Global do Metano, pesquisadores mapearam as principais atividades e processos responsáveis pela emissão de metano no Brasil e apontaram caminhos para a redução em longo prazo das emissões. Segundo o relatório, 81% das emissões de metano causadas por incêndios florestais estão associadas ao desmatamento. Por concentrar grande parte dos estoques de carbono e do desmatamento, a Amazônia lidera as emissões causadas por queimadas.

Chamado de ‘Desafios e oportunidades para a redução das emissões de metano no Brasil’, o relatório sobre emissões de metano é uma parceria entre cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), Governos Locais para Sustentabilidade (ICLEI), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Observatório do Clima.

O metano é um poluente climático de vida curta com um tempo de vida atmosférico de aproximadamente 12 anos. Apesar da curta duração, seus efeitos são poderosos e seu potencial efeito de aquecimento global é equivalente a 28 vezes o do dióxido de carbono (CO2). Além disso, o metano também contribui para a formação de ozônio troposférico (O3), que, assim como ele, tem efeitos poderosos no aquecimento do planeta.

Portanto, o alto potencial de aquecimento e a duração relativamente curta faz do metano um bom alvo para políticas de redução imediata de emissões de gases de efeito estufa que ajudem a humanidade a ganhar tempo para fazer a transição energética.

Segundo a Dra. Bárbara Zimbres, pesquisadora do IPAM e uma das autoras do estudo, a comunidade internacional percebeu a importância de reduzir as emissões de metano e tem firmado compromissos na área, o que aumenta a demanda por um caminho claro para a redução e um mapeamento dos principais emissores.

“Na COP26, em Glasgow, mais de cem países, incluindo o Brasil, assinaram o Compromisso Global do Metano, se comprometendo a reduzir as emissões de metano em 30% até 2030 em relação aos níveis de 2020. Portanto, as fontes de emissão de metano nos diversos setores e as oportunidades existentes para redução das emissões devem ser identificadas, para subsidiar a criação de políticas nacionais de mitigação”, destacou a Dra. Bárbara Zimbres.

Acesse a notícia completa na página do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.

Fonte: Lucas Guaraldo e Natália Moura, IPAM.

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