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Como as plantas param a atividade fotossintética à noite?
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Tóquio identificaram duas proteínas que permitem que as plantas respondam às mudanças nas condições de luz ao seu redor e, assim, tornam a fotossíntese mais eficiente.
A fotossíntese, processo pelo qual as plantas geram energia, é um poderoso processo molecular que precisa da luz do sol para funcionar. As proteínas envolvidas na fotossíntese precisam estar ativas quando a luz do sol está disponível, mas precisam ficar ociosas, como o motor de um carro em um semáforo, no escuro, quando a fotossíntese não é possível. Elas fazem isso por meio de um processo chamado “regulação redox” – a ativação e desativação de proteínas via mudanças em seus estados redox (redução / oxidação). O que acontece na luz é bem compreendido: a via da ferredoxina-tiorredoxina redutase (FTR) / tiorredoxina (Trx) é responsável pelo processo de redução, que ativa a via fotossintética. No entanto, os cientistas desconheciam o que acontece quando a luz não está disponível e como as plantas reinicializam as proteínas fotossintéticas para estarem prontas para funcionar quando a luz é retomada.
Agora, os pesquisadores Keisuke Yoshida, Toru Hisabori e colegas identificaram duas proteínas, constituindo a cascata redox peroxiredoxina (2CP) da tiorredoxina-2 (TrxL2) / 2-Cys, que ajudam a controlar a reoxidação dessas proteínas fotossintéticas, modificando partes-chave dos agentes moleculares. Essas duas proteínas parecem funcionar como parte de uma cascata que drena a energia das proteínas fotossintéticas para o peróxido de hidrogênio, sempre com fome de energia. TrxL2, ao contrário de proteínas similares, mais conhecidas, parece ser especializada para o processo de “desligamento”; é um oxidante eficiente de muitas proteínas, mas reduz apenas 2CP, permitindo que a energia drenada pela TrxL2 de várias reações a montante passe para o 2CP e daí para o peróxido de hidrogênio. Essa cascata mantém a fotossíntese em espera até que a luz esteja novamente disponível.
Acesse a notícia completa no site do Instituto de Tecnologia de Tóquio (em inglês).
Fonte: Instituto de Tecnologia de Tóquio ( Tokyo Tech). Imagem: Canal Ambiental, Portal T4H.
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