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Brasil e Reino Unido fortalecem cooperação em ciência climática e planejam próximas etapas do programa que estuda como será a Floresta Amazônica no futuro
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos, reuniu-se no último dia 14 de março com representantes do Reino Unido para avaliar o potencial de ampliar a cooperação em ciência e tecnologia a partir do programa AmazonFACE – maior e primeiro experimento utilizando a tecnologia FACE (Free-Air CO2 Enrichment) em florestas tropicais. Quando estiver em pleno funcionamento, o experimento deverá gerar dados científicos por mais de uma década.
“Para responder as questões que estão na fronteira do conhecimento, precisamos nos preparar. Temos que mensurar o impacto das mudanças climáticas no futuro”, afirmou a secretária da Seppe, Dra. Marcia Barbosa.
O AmazonFACE é um programa científico do MCTI, coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em cooperação internacional com o governo britânico, por meio do Met Office. “É uma grande infraestrutura de pesquisa para entender como a Amazônia vai responder no futuro às mudanças climáticas. Por ser tão grande e importante no contexto global, a Amazônia acaba influenciando o clima da Amazônia, da América do Sul e do planeta inteiro”, explicou o Dr. Carlos Alberto Quesada, pesquisador do Inpa e um dos coordenadores científicos do programa.
De acordo com o pesquisador, a atmosfera será manipulada para simular como poderá ser daqui 30 ou 50 anos e dessa forma estudar como o aumento de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera vai interferir no comportamento da floresta. Uma das hipóteses é que em um clima mais quente e seco, a floresta poderá deixar de ter as características que apresenta hoje e, talvez, possa adotar características semelhantes ao Cerrado. Mas há hipóteses, que serão testadas com o experimento, que indicam que com mais carbono na atmosfera, as plantas conseguirão utilizar a água de modo mais eficiente, terão mais força para suportar a mudança climática.
“Temos que saber em qual trajetória a Amazônia vai: se para a resiliência ou se vai se deteriorar. O AmazonFACE é nossa janela para o futuro, como uma previsão do que pode acontecer no futuro e todos os impactos que isso pode ter”, afirmou o Dr. Carlos Alberto Quesada.
Acesse a notícia completa na página do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Fonte: MCTI.
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