Destaque
Biodiversidade e serviços ecossistêmicos terão nova avaliação global
Fonte
Agência FAPESP | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Data
quarta-feira, 28 novembro 2018 16:00
A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) anunciou na 14ª Conferência das Partes (COP 14) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que ocorre até 29 de novembro no Egito, avanços na elaboração do primeiro relatório de avaliação global sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos relacionados ao fornecimento de alimentos, ar puro e água limpa.
Previsto para ser lançado em maio de 2019, o relatório será o primeiro do gênero desde a publicação do Millennium Ecosystem Assessment, em 2005, por iniciativa do World Resources Institute (WRI), do Banco Mundial e dos programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, em inglês) e para o Desenvolvimento (UNDP).
Além de ser uma nova síntese sobre o estado da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos em escala mundial e suas contribuições para o bem-estar da humanidade, a avaliação global será a primeira de caráter intergovernamental, segundo a IPBES.
O relatório foi elaborado por 150 especialistas de 50 países, com uma representação equilibrada entre as ciências naturais e sociais, e teve contribuições adicionais de mais 250 especialistas que colaboram com a IPBES.
Entre os 150 especialistas que participam como autores do relatório estão os brasileiros Dra. Cristina Adams, da Universidade de São Paulo (USP); o Dr. Gabriel Henrique Lui, do Ministério do Meio Ambiente; a Dra. Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha, da USP; o Dr. Pedro Henrique Santin Brancalion, também da USP; o Dr. Rafael Dias Loyola, da Universidade Federal de Goiás (UFG), Eduardo Sonnewend Brondizio, da Indiana University, nos Estados Unidos; Bernardo Baeta Neves Strassburg, do Instituto Internacional de Sustentabilidade (ISS), e Ana Paula Aguiar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os autores foram selecionados por meio de um processo de convocação pela IPBES para que os 130 países-membros da plataforma – além de organizações não governamentais (ONGs) credenciadas e organismos multilaterais que tratam sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos – indicassem especialistas para participar da elaboração do documento.
“Os relatórios elaborados pela IPBES pretendem sempre reunir o maior número possível de países. Mas acontece, às vezes, de nem todos os países-membros da plataforma indicarem seus representantes”, disse o Dr. Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP.
Segundo a IPBES, a avaliação global é a primeira a analisar e incluir conhecimentos, questões e prioridades de comunidades tradicionais e indígenas e também se baseia em seus relatórios de avaliação lançados nos últimos anos. Entre eles, estão o relatório temático sobre degradação e restauração de terras degradadas, lançado em março deste ano, e os relatórios de avaliação regional para África, Américas, Ásia-Pacífico e Europa e Ásia Central.
A expectativa da IPBES é que o relatório sirva de base para formular políticas públicas melhores e estimular ações mais efetivas por parte dos governos nas próximas décadas e que ajude a avaliar o progresso dos países em relação aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), as Metas de Biodiversidade de Aichi e o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.
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Fonte: Elton Alisson, Agência FAPESP. Imagem: Canal Ambiental, Rede T4H.
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