Destaque

Biocarvão é alternativa sustentável para fertilidade de solos amazônicos

Fonte

FAPEAM | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

Data

segunda-feira, 18 setembro 2023 12:30

Os resíduos da agroindústria de açaí, muitas vezes descartados de forma inadequada, tornaram-se uma nova alternativa para produção de biocarvão ou biochar (material rico em carbono) que, aplicados em solos amazônicos, apresentam resultados promissores sobre seu uso e efeito no solo e nas plantas como feijão caupi (feijão-de-corda) e milho.

Os dados são de uma pesquisa finalizada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

O estudo foi executado pelo Instituído Federal do Amazonas (IFAM) – Campus Manacapuru e Campus Itacoatiara, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e com o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, em Portugal.

Desenvolvido no âmbito do Programa FAPEAM: Mulheres na Ciência, o estudo coordenado por Criscian Kellen Oliveira, doutoranda em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Lisboa e professora do IFAM em Manacapuru, apontou que o uso do biochar não só promove melhorias na fertilidade do solo, mas também contribui para redução das emissões de CO2, consolidando-se como uma solução estudada e validada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

“Os estudos com o biocarvão produzido a partir dos resíduos de açaí indicam um grande potencial de uso para melhoria da fertilidade dos solos amazônicos, o que será de grande contribuição para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar do nosso estado”, acrescentou a pesquisadora.

De acordo com Criscian, para a obtenção do biochar, a pesquisa partiu do desenvolvimento de um protótipo de forno de pirólise (queima controlada de resíduos orgânicos). O próximo passo da pesquisa será o ajuste deste forno para fins de aumentar a capacidade produtiva e ser economicamente viável para que os produtores consigam produzir seu próprio biocarvão.

Criscian explicou que o forno de pirólise, após passar por alguns ajustes, será testado para que seja replicado por outros pequenos produtores para que eles consigam produzir o próprio biocarvão.

A pesquisadora destacou ainda que o desenvolvimento de tecnologias como o biocarvão – para o manejo da fertilidade de solos da Amazônia e adaptadas aos arranjos produtivos locais – melhora a produção agrícola, reduz os riscos e custos de produção, gera maior oferta de alimentos na família ou comunidade, aumento da renda e, consequentemente contribui para a redução de desequilíbrios sociais e econômicos na região.

A pesquisa apoiada pela FAPEAM gerou dados que vão subsidiar a publicação de quatro teses de doutorado e artigos, documentos que trarão avanços acadêmicos significativos sobre o potencial do uso do biocarvão de açaí nos solos amazônicos.

Acesse a notícia completa na página da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas.

Fonte: Valdete Araújo, Decon/FAPEAM.

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