Destaque

Aumento da temperatura dos oceanos e outros parâmetros ambientais impactam espécies de peixes em águas costeiras

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

quarta-feira, 25 novembro 2020 12:40

Não restam dúvidas: o aumento da temperatura do planeta é real. O processo pode até ser considerado natural em alguma medida, no entanto, atividades humanas têm contribuído para uma aceleração cada vez maior do aquecimento global, entre elas a queima de combustíveis fósseis e a utilização predatória do solo, causando o desmatamento das florestas.

Efeitos desse fenômeno afetam todas as formas de vida do planeta. Nesse sentido, um estudo do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) busca compreender como o aumento da temperatura dos oceanos e outros parâmetros ambientais impactam espécies de peixes nas águas costeiras do continente americano, utilizando estimativas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), para os anos de 2050 e 2100.

Em artigo publicado recentemente na revista científica Fisheries Research, os pesquisadores divulgaram resultados do estudo. Intitulado Prejuízo ou benefício? Como os cenários futuros de mudanças climáticas podem influenciar a distribuição de pequenos peixes pelágicos nos mares costeiros das Américas, o trabalho apresenta indicativos surpreendentes à primeira vista.

Segundo o artigo, as duas espécies de agulhinhas estudadas provavelmente não devem ser prejudicadas pelo aquecimento dos oceanos. Ao contrário, há até a possibilidade de que tirem proveito das mudanças climáticas, expandindo sua distribuição pelas águas ao longo das Américas.

Porém a ação humana é obstáculo novamente para a sobrevivência das espécies. Além das atividades que contribuem para o aquecimento global, outras ações humanas como a carcinicultura e o turismo causam degradação nos ambientes marinhos e costeiros dos quais dependem as agulhinhas. Sem as condições para a existência abundante e saudável de fanerógamas, plantas aquáticas conhecidas como capim agulha, as chances de sucesso dessas espécies ficam prejudicadas.

Pesquisadora e professora do Departamento de Ecologia da UFRN, a Dra. Priscila Lopes é uma das autoras do artigo. Em sua opinião, ressaltando o fato de não ser possível sequer comemorar que algumas espécies se beneficiem com as novas condições esperadas pelo aquecimento do planeta até 2100, o estudo revela a importância de pensar o manejo dos recursos naturais, sejam eles de alta relevância econômica ou não, de forma integrada.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UFRN.

Fonte: Marcos Neves Jr., UFRN.

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