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Artigo aborda luta de povos indígenas brasileiros por saúde
“As estratégias de luta pela saúde dos povos indígenas brasileiros são influenciadas pelas suas disputas socioambientais e são parte das mobilizações desses povos pelo reconhecimento integral de direitos.” Os indígenas, que representam 0,43% da população brasileira, aumentaram em 177% em 20 anos, conforme Censo de 2010. É o que trata o artigo A luta dos povos indígenas por saúde em contextos de conflitos ambientais no Brasil (1999-2014), dos pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Diogo Ferreira da Rocha, Marcelo Firpo de Souza Porto e Tania Pacheco, publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva, de fevereiro de 2019.
Os casos analisados no artigo apontam para conquistas do movimento indígena brasileiro no campo das lutas por reconhecimento de direitos e pressões pela efetivação de políticas públicas de saúde que reconheçam sua diversidade cultural. Entretanto, dizem os autores, a morosidade e ineficiência da gestão ou dos espaços institucionalizados de controle social do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi) têm levado os povos indígenas a recorrer às arenas legislativa e judicial para pressionar o Estado a assegurar seu direito à saúde. “Na ausência de respostas nesses espaços, eles não hesitam em utilizar estratégias de ocupação de espaços públicos a fim de pressionar por soluções.”
Os pesquisadores afirmam que o Sasi / SUS (Sistema Único de Saúde) precisa estar capacitado e atento para considerar os contextos socioambientais onde esses povos vivem, os quais, frequentemente, geram impactos significativos à sua saúde coletiva, insegurança alimentar, suicídios ou assassinatos e a assumir um papel mais relevante na luta contra a violência, pois essa é a face mais visível da influência dos conflitos sobre suas vidas.
Além disso, o artigo destaca ser importante que as instituições do setor enfrentem o desafio de exercer um papel mais relevante na defesa da saúde e dos direitos indígenas num momento de acirramento de conflitos e mudanças no quadro legislativo-institucional, que tendem a vulnerabilizar ainda mais os povos indígenas no Brasil, devido à tendência de priorização da exploração predatória dos bens comuns em detrimento do bem viver que orienta o modo de vida de muitos povos indígenas.
Acesse o conteúdo completo na página da Fiocruz.
Fonte: Fiocruz. Imagem: Pixabay.
“As estratégias de luta pela saúde dos povos indígenas brasileiros são influenciadas pelas suas disputas socioambientais e são parte das mobilizações desses povos pelo reconhecimento integral de direitos.” Os indígenas, que representam 0,43% da população brasileira, aumentaram em 177% em 20 anos, conforme Censo de 2010. É o que trata o artigo A luta dos povos indígenas por saúde em contextos de conflitos ambientais no Brasil (1999-2014), dos pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Diogo Ferreira da Rocha, Marcelo Firpo de Souza Porto e Tania Pacheco, publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva, de fevereiro de 2019.
Os casos analisados no artigo apontam para conquistas do movimento indígena brasileiro no campo das lutas por reconhecimento de direitos e pressões pela efetivação de políticas públicas de saúde que reconheçam sua diversidade cultural. Entretanto, dizem os autores, a morosidade e ineficiência da gestão ou dos espaços institucionalizados de controle social do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi) têm levado os povos indígenas a recorrer às arenas legislativa e judicial para pressionar o Estado a assegurar seu direito à saúde. “Na ausência de respostas nesses espaços, eles não hesitam em utilizar estratégias de ocupação de espaços públicos a fim de pressionar por soluções.”
Os pesquisadores afirmam que o Sasi / SUS (Sistema Único de Saúde) precisa estar capacitado e atento para considerar os contextos socioambientais onde esses povos vivem, os quais, frequentemente, geram impactos significativos à sua saúde coletiva, insegurança alimentar, suicídios ou assassinatos e a assumir um papel mais relevante na luta contra a violência, pois essa é a face mais visível da influência dos conflitos sobre suas vidas.
Além disso, o artigo destaca ser importante que as instituições do setor enfrentem o desafio de exercer um papel mais relevante na defesa da saúde e dos direitos indígenas num momento de acirramento de conflitos e mudanças no quadro legislativo-institucional, que tendem a vulnerabilizar ainda mais os povos indígenas no Brasil, devido à tendência de priorização da exploração predatória dos bens comuns em detrimento do bem viver que orienta o modo de vida de muitos povos indígenas.
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Fonte: Fiocruz. Imagem: Pixabay.
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