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Acervo do Herbário da UFS preserva 46 mil exemplares de plantas terrestres
Uma das coleções biológicas mais antigas de Sergipe se encontra atualmente no Herbário da Universidade Federal de Sergipe (ASE), no Departamento de Biologia (DBI) do campus de São Cristóvão. O local, fundado em 1972, guarda, em armários devidamente climatizados, aproximadamente 46 mil exemplares terrestres, como algas, briófitas, licófitas, samambaias, gimnospermas e angiospermas, sendo este último o grupo mais representativo (cerca de 85% do acervo).
“Um herbário é um museu e tem como principal função resguardar amostras da diversidade que existe em um determinado lugar. No caso do ASE, é um herbário que representa a flora encontrada no nosso estado e áreas adjacentes. Temos muitas espécies aqui e esse número só tende a crescer”, explicou a curadora Dra. Marla Ibrahim, professora do Departamento de Biologia da UFS.
Por ser uma grande “biblioteca” de plantas, o espaço tornou-se referência em Sergipe como fonte de dados para realização de pesquisas anatômicas, genéticas, ecológicas, farmacológicas e agronômicas. A curadora explicou que, para obter informações sobre nomenclatura, classificação, distribuição e ecologia de qualquer planta, são necessárias análises precisas das espécies, o que seria muito difícil de ser realizado somente em campo.
Uma pesquisa desenvolvida a partir de dados coletados no herbário é conduzida por um ex-orientando da professora Marla, o licenciado em Ciências Biológicas Fabiano Dantas: embora o mestrado seja realizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia, é no ASE que ele realiza toda a base do trabalho.
O pesquisador empenha-se na investigação da brioflora de Sergipe, que consiste em realizar o levantamento florístico de briófitas, que são tipos de plantas conhecidas popularmente como antóceros, hepáticas e musgos. Essas espécies são encontradas principalmente em biomas como tundra e floresta tropical, e são fundamentais para reduzir os riscos de erosão no solo, além de servirem como reservatórios de água e nutrientes e de abrigo para a microfauna do ambiente.
Uma de suas propostas é que, por meio do seu trabalho, ele consiga aumentar ainda mais a coleção de briófitas disponibilizada no herbário. “Quando iniciei meus estudos com briófitas, havia apenas três amostras delas e hoje temos 750. Quer dizer, em três anos nós multiplicamos centenas de vezes a quantidade de amostras e eu espero continuar contribuindo com a coleção”, comentou o mestrando, que já atuou como estagiário do local.
Acesse a notícia completa na página da UFS.
Fonte: Andréa Santiago e Mira Marques (TV UFS) e Luiz Amaro, UFS.
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