O tempo de espera

BHS

Fonte

BHS

Data

26 junho 2018

Muitas terapias de fala e de escuta não são puramente ciência, mas apenas sugestões e dicas para o cotidiano. Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na aptidão em falar e ouvir de uma criança. Sabe qual é o mais difícil destes pequenos desafios? Aprender como e quando esperar!

Adultos que são fluentes em qualquer linguagem tomam decisões sobre o que dizer e como dizer em frações de segundos. Nosso cérebro está constantemente processando isso e nós raramente percebemos. Justamente porque temos tamanha facilidade com a linguagem, nós subestimamos o tempo que o cérebro de uma criança precisa para receber, processar e responder a uma informação. Todas as crianças precisam de um “tempo de espera” maior do que os adultos, mas para crianças com perda auditiva, esse tempo é ainda mais crucial.

Quando fazemos alguma pergunta ou falamos um novo vocabulário a uma criança, é importante apresentar a informação uma vez e aí esperar, esperar, esperar até que a criança dê uma resposta. Espere, espere mais um pouco, espere até doer e somente então repita o que você disse. Por quê? Dessa forma, nós estamos preparando a criança para usar suas habilidades de audição, fala e linguagem no mundo real.

Enquanto os pais podem estar dispostos a repetir interminavelmente até o filho entender, a professora não fará isso na escola, nem o chefe no trabalho e nem mesmo o balconista em uma loja. É importante para a criança tentar aprender na primeira vez, sem contar com o fato de ter um parceiro de comunicação simpático, que terá a paciência de repetir várias vezes. Afinal, se você está sempre repetindo, por que a criança vai se esforçar em entender pela primeira vez? Não que ela esteja está sendo má ou preguiçosa, mas ela tende a seguir um padrão e tomar um caminho de menor resistência. Faz sentido, pelo menos!

Também é importante para a criança aprender a confiar em sua audição, a confiar em suas habilidades auditivas. Se a criança parecer confusa ou não entender a informação, pergunte: “O que você ouviu?” e não “O que eu disse?”. Essa segunda pergunta incentiva a criança a chutar, em busca de preencher lacunas. Agora, quando você pergunta “O que você ouviu?”, você está ensinando ele ou ela a confiar em sua audição, além de permitir que você tenha um diagnóstico a respeito das habilidades auditivas da criança. Talvez ele realmente não tenha ouvido. Talvez ele esteja com dificuldade em distinguir dois fonemas diferentes, ou talvez seja a hora de um novo mapeamento para o implante coclear.

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