Notícia

Cientistas da UFCG desenvolvem material para tornar carros mais baratos, resistentes e sustentáveis

Pesquisadores atuam no Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste (Certbio) em parceria com pesquisadores da Alemanha

Divulgação

Fonte

UFCG | Universidade Federal de Campina Grande

Data

quinta-feira, 23 maio 2019 12:00

Áreas

Cidades, Energia, Tecnologias, Sustentabilidade.

Um grupo de estudantes de pós-graduação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está desenvolvendo um produto que promete revolucionar o mercado automobilístico. Os cientistas, que atuam no Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste (Certbio) do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) da UFCG, estão atuando em parceria com pesquisadores da Alemanha com o intuito de criar componentes mais rígidos, seguros e baratos para os automóveis e, especialmente, utilizando-se de compostos de base biológica, de forma a preservar o meio ambiente. Trata-se de uma parceria entre UFCG, UFPB, Certbio, Fapesq/PB e o Instituto Fraunhofer-IFAM, um dos maiores da Europa no campo de pesquisa aplicada, localizado em Bremen, na Alemanha.

“Carros sustentáveis já foram desenvolvidos no mercado, não é exatamente um tema novo. No entanto, de tudo que vem sendo criado, o comportamento mecânico é por muitas vezes falho. Então esse campo ainda está bem aberto e com lacunas, e é aí que também entramos com nossa pesquisa”, explicou uma das integrantes da equipe, a estudante Janetty Barros. O grupo é composto ainda pelos alunos William Souza, Ingridy Dayane, Eunice Paloma e Nichollas Guimarães.

O trabalho, coordenado pela professora do Departamento de Engenharia de Materiais da UFPB, a Dra. Renate Wellen, pode ser entendido em duas partes. A princípio, os pesquisadores trabalham com os reagentes, fazendo testes práticos, substituindo uma parte do sistema tradicional de confecção por materiais biológicos. Nesse processo, usa-se, por exemplo, óleo de soja como resina, e pó da casca de ovo como catalisador, material que seria, como comumente acontece, descartado como resíduo.

Segundo explica a professora Renate Wellen, atualmente o mercado utiliza componentes oriundos do petróleo e que, ao final, precisam ser colocados em incineradoras ou são despejados em aterros. O objetivo do projeto, então, é alterar esses elementos, utilizando óleo de soja ou linhaça. “Assim, a fonte passa a ser biológica e renovável. O material é previsto para durar de 20 a 30 anos, período considerado comum para a vida útil de peças de automóveis, segundo pesquisas na Alemanha. A grande diferença, porém, é que, ao final, os componentes podem ser descartados no próprio meio ambiente, já que são biodegradáveis, servindo inclusive como matéria orgânica (adubo), ou seja, há grande foco na conservação e preservação do meio ambiente, sem perder com isso a qualidade do produto obtido”, explicou a coordenadora da pesquisa no Certbio.

O projeto leva o nome de Best-Bio-PLA, em alusão ao biopolímero utilizado. Na Alemanha, conta com aprovação do Ministério de Educação e Pesquisa, que disponibiliza mais de um milhão de euros como investimento, além de contar com o poio de várias empresas privadas europeias. No Brasil, a parceria é com a Fapesq/PB, contando também com a colaboração da empresa Sisal-Gomes.

Uma segunda parte do estudo é adotar os melhores parâmetros obtidos na análise inicial e adicionar o chamado “termoplástico”, que seria a espécie mais maleável do produto.

Acesse o conteúdo completo na página da UFCG.

Fonte: Ascom CCT/UFCG. Imagem: divulgação.

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