Notícia
O melhor ambiente é aquele inclusivo e projetado para o envelhecimento e pessoas com deficiência
Modificações e adaptações em casa podem proteger e prolongar a saúde do indivíduo
Quentin Jones, UNSW
Fonte
Universidade de Nova Gales do Sul
Data
segunda-feira, 11 março 2019 11:20
Áreas
Cidades, Saúde, Sociedade, Tecnologias.
A professora Dra. Catherine Bridge, pesquisadora da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, está determinada a melhorar a acessibilidade do ambiente construído, o que poderia melhorar os resultados para algumas das populações mais vulneráveis – os idosos e as pessoas com deficiência.
A pesquisadora é pioneira em design inclusivo usando tecnologia de ponta, como captura de movimento e software de análise biomecânica para analisar as barreiras à acessibilidade no ambiente interno – casa, trabalho ou mesmo hospitais. Ela diz que as suposições atuais sobre o design estão impedindo que os ambientes internos sejam inclusivos.
De acordo com a professora Bridge, a acessibilidade do ambiente construído é um fator de inclusão que é frequentemente negligenciado. Mesmo projetos que são acessíveis geralmente não são estéticos, o que impede que as pessoas se envolvam com seus ambientes, especialmente em casa, diz a especialista.
“Historicamente, modificações como corrimãos e rampas são projetadas pela modificação de equipamentos industriais ou são coisas que você veria em um hospital ou em um banheiro de acesso público, mas são estigmatizantes porque ‘gritam deficiência’”, continua a Dra. Bridge. A professora sugere que a necessidade de melhorar a abrangência dos ambientes internos está em um ponto de inflexão, à medida que a demografia se desloca em direção a uma população que está envelhecendo. Ela acredita que um modelo de planejamento mais proativo baseado na inclusão proporcionaria melhores resultados em todos os aspectos.
Atualmente, a ‘solução’ adotada para o desafio do envelhecimento da população é, geralmente, construir mais hospitais ou instalações para idosos. “Em vez disso, o que deveríamos perguntar é: o que mais poderíamos fazer para impedir que as pessoas fossem ao hospital, ou impedir que as pessoas entrem em uma instalação de cuidados a idosos, o que custará menos e, de fato, terá melhores resultados econômicos e sociais?”, questiona a pesquisadora.
A professora Bridge acredita que a solução está dentro de casa, à medida que se pode ampliar a permanência da pessoa idosa em seu lar. O que ela espera é que os indivíduos tenham autonomia para viver em suas casas por mais tempo, o que pode reduzir a necessidade de cuidados, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de vida em todas as métricas. “Surpreendentemente, a pesquisa mostra que as pessoas querem permanecer em suas casas, em vez de entrar em instalações de saúde ou de cuidados de pessoas idosas”, diz ela.
“Se conseguirmos efetivamente atrasar [o cuidado institucional] em apenas cinco anos com o envelhecimento, isso é enorme não apenas para o bem-estar do indivíduo, mas também para o contribuinte e o sistema de saúde.” conclui a pesquisadora.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Nova Gales do Sul.
Fonte: Ben Knight, UNSW. Imagem: Quentin Jones, UNSW.
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