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Livro ‘Mudanças Climáticas e Cidades’ analisa as consequências do aquecimento global
Durante cinco anos, cientistas de cinco continentes trabalharam para reunir dados atualizados sobre os impactos das mudanças climáticas para as cidades e as medidas que podem ser adotadas para enfrentar o fenômeno. O esforço, que contou com a colaboração de mais de 400 especialistas, foi liderado pela Rede de Pesquisas em Mudanças Climáticas Urbanas (UCCRN, na sigla em inglês), um consórcio internacional que conecta pesquisadores de aproximadamente 150 cidades espalhadas pelo planeta. O resultado está no livro Mudanças climáticas e cidades: segundo relatório de avaliação da Rede Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Urbanas, publicado pela editora Cambridge University Press.
Com uma ampla revisão da literatura científica e mais de 115 estudos de caso, a publicação aponta caminhos para a transformação urbana necessária para tornar as cidades mais resilientes e sustentáveis. “Para enfrentar as mudanças climáticas, o ideal é ter estratégias concomitantes de mitigação – reduzindo as emissões de gases contribuintes para o efeito estufa – e adaptação – preparando as cidades para as novas condições do clima. Além de analisar as consequências das mudanças climáticas do ponto de vista das cidades, o livro fornece exemplos concretos de sucesso e insucesso, em países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Essas informações são valiosas para embasar ações de gestores e pesquisas”, afirma Martha Barata, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que integra o comitê organizador da publicação e coordena o capítulo sobre saúde humana. Martha é também coordenadora do Núcleo da Rede de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Urbanas na América Latina (UCCRN-AL), sediado pelo IOC/|Fiocruz em parceria com o Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Coppe-UFRJ (Centro Clima/Coppe-UFRJ).
Diversidade regional
Com projeções para 153 cidades, incluindo dez no Brasil, o livro aponta que as temperaturas podem subir de 1,7°C a 5°C até 2080, enquanto o nível do mar nas áreas costeiras deve aumentar de 21 cm a 118 cm. Ondas de calor, inundações, chuvas e secas são exemplos de fenômenos que devem se tornar mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas, com impactos diretos sobre as áreas urbanas. Em 16 capítulos, o relatório analisa os impactos desse cenário em temas como desastres, planejamento urbano, saúde humana, justiça ambiental, economia, biodiversidade, zonas costeiras, energia, água, transporte, habitação, resíduos sólidos e governança. A publicação inclui ainda um resumo para os líderes de cidades, que foi apresentado na 21ª Conferência das Partes (COP-21), em Paris, em 2015, com conclusões preliminares do trabalho.
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Fonte: Maíra Menezes (IOC/Fiocruz). Imagem: Divulgação.
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