Notícia
Grande quantidade de conteúdo das mídias sociais apoia a pesquisa sobre mudanças climáticas
A maioria dos conteúdos e comentários compartilhados nas redes sociais apoia o consenso científico sobre as mudanças climáticas, de acordo com pesquisa do Instituto de Internet de Oxford
Pixabay
Fonte
Universidade de Oxford
Data
sexta-feira, 30 novembro 2018 09:00
Áreas
Ciência Ambiental. Clima. Mudanças Climáticas. Qualidade do Ar. Saúde.
A internet e as mídias sociais se tornaram uma fonte importante de notícias e informações, e também uma arena proeminente onde a desinformação e os esforços para distorcer o discurso das mudanças climáticas podem estar ocorrendo. Pesquisadores que trabalham no Projeto de Propaganda Computacional, no Instituto de Internet de Oxford, estão investigando o tipo de conteúdo sobre mudanças climáticas que está espalhado pelo Twitter e Facebook.
Os resultados são um alívio para a crescente preocupação em torno da polarização do debate sobre as mudanças climáticas. Apesar do amplo consenso entre os cientistas de que a mudança climática está ocorrendo e é causada pela atividade humana, a campanha populista expressando ceticismo quanto à validade do consenso científico não mostra sinais de movimento em suas crenças. “Ficamos surpresos ao ver que a maior parte do conteúdo e dos comentários compartilhados na verdade apoia o consenso científico sobre mudanças climáticas. Poucos comentários ou conteúdos na conversa principal parecem pertencer aos céticos”, diz a pesquisadora Dra. Ana Grouverman, principal autora do relatório.
A pesquisa analisou as publicações feitas por um período de duas semanas em 288.855 contas no Twitter e 13.330 páginas públicas no Facebook.
Da pequena quantidade de conteúdo que foi considerada propositadamente polarizadora e conspiratória, o vídeo foi o meio mais popular. Quase um terço dos links compartilhados apontava para o YouTube, onde conteúdo que promove teorias como chemtrail (uma crença de que trilhas de condensação de longa duração deixadas no céu por aeronaves são de natureza química e pulverizadas para causar danos) ou manipulação intencional do governo sobre o meio ambiente. “Essa descoberta coloca mais ônus nas plataformas que permitem a distribuição de conteúdo audiovisual para mitigar a questão da desinformação na ciência”, afirma a Dra. Grouverman.
Na time line (linha do tempo das redes sociais), o conteúdo dos céticos à respeito das mudanças climático não foi amplamente compartilhado. Descobertas no Facebook indicaram que grupos que apoiam o consenso sobre mudança climática têm um leque mais amplo de conexões com outras comunidades na plataforma, enquanto grupos céticos tendem a ficar mais isolados e à margem. “Isso indica que as pessoas que acreditam que estão ocorrendo mudanças no clima estão altamente integrados na comunidade em geral, discutindo o assunto no Facebook, enquanto os céticos do das mudanças climáticas estão significativamente menos integrados à comunidade”, diz a Dr. Grouverman.
Acesse a notícia complete no site da Universidade de Oxford (em inglês).
*Bulk of social media content supports climate change research.
Fonte: Universidade de Oxford. Instituto de Internet de Oxford. Imagem: Pixabay.
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