Notícia

Federal de Santa Catarina estuda os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas marinhos e costeiros

Uma segunda fase do estudo está tratando dos efeitos da poluição na resistência da espécie às mudanças na temperatura da água

Paulo Pagliosa / Divulgação

Fonte

UFSC | Universidade Federal de Santa Catarina

Data

terça-feira, 13 novembro 2018 00:00

Áreas

Biodiversidade, Conservação, Recursos Naturais.

Laboratório de Biodiversidade e Conservação Marinha do curso de Oceanografia e do Núcleo de Estudos do Mar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem realizado estudos pra entender como as mudanças climáticas estão afetando organismos e ecossistemas marinho-costeiros, como os estuários, as baías e as lagoas. O professor Dr. Paulo Pagliosa, coordenador do laboratório, afirma que na região das baías da Ilha de Santa Catarina (Baías Norte, Sul e Tijucas) é emblemática a perda da biodiversidade, de recursos pesqueiros e seus bens e serviços ecossistêmicos, apontando para uma crise hídrica, energética e alimentar. Essa perda de espécies tem acontecido por duas causas principais, uma mais local, por conta das modificações ambientais causadas pelo aumento populacional nas cidades costeiras, e outra de escala mais ampla, relacionada com as mudanças climáticas globais, que também são causadas pelas atividades humanas.

A partir da mortandade massiva do berbigão, no verão de 2015, que coloca em risco a saúde alimentar da população, foram realizados experimentos para desvendar os efeitos das ondas de calor marinha sobre o berbigão. Os primeiros resultados mostraram que as ondas de calor podem matar o berbigão. Uma segunda fase do estudo está tratando dos efeitos da poluição na resistência da espécie às mudanças na temperatura da água.

Com a ideia de futuramente criar um método para biorremediação de áreas marinhas degradadas, iniciaram-se estudos com uma minhoca marinha que tem um elevado potencial para degradar matéria orgânica. “Começamos os trabalhos desenvolvendo uma base de dados com as informações sobre os poliquetas da América do Sul e da Antártida e selecionamos a espécie com maior potencial. Já fizemos um bom panorama da ocorrência da espécie na região e vimos que ela pode também servir como um indicador da situação ambiental. Iniciamos experimentos para o cultivo da espécie e uma doutoranda fará os primeiros testes em laboratório para avaliarmos o quanto ela é capaz de degradar o material orgânico. Vamos também avaliar o uso da espécie como remediadora de resíduos da aquicultura. Uma outra linha de ação tem sido mapear geneticamente a espécie em todas as áreas do globo onde ocorre, modelar o seu nicho de ocorrência e, por meio de simulações computacionais dos cenários futuros de mudanças climáticas, tentar entender as tendências de mudança na ocorrência da espécie”, explica o professor Paulo.

Acesse a notícia completa no site da UFSC.

Fonte: UFSC. Imagem: Paulo Pagliosa / Divulgação.

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