Notícia
Nova geração de polímeros pode eliminar bactérias em ambiente hospitalar
Novos polímeros demonstraram elevada atividade contra um vasto leque de estirpes indicadoras da atividade contra bactérias patogênicas
Getty Images
Fonte
Universidade de Coimbra
Data
sábado, 13 outubro 2018 10:45
Áreas
Saúde. Novos Materiais. Gestão Hospitalar.
É mais um passo para prevenir infeções hospitalares. Uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu uma nova geração de polímeros (macromoléculas) com propriedades antimicrobianas.
Das várias experiências realizadas em laboratório, os novos polímeros, desenvolvidos no âmbito de um projeto que tem como objetivo final a invenção de um revestimento antibacteriano (uma espécie de verniz) para aplicação em unidades de saúde, “demonstraram elevada atividade contra um vasto leque de estirpes indicadoras da atividade contra bactérias patogênicas e outras, ou seja, as bactérias foram exterminadas quando colocadas em contacto com os polímeros”, explicam o Dr. Jorge Coelho e a Dra. Paula Morais, coordenadores do estudo.
“Manipulando a estrutura do polímero, é possível garantir um desempenho eficaz face a um espectro alargado de bactérias, de forma completamente segura”, realçam os docentes dos departamentos de Engenharia Química e de Ciências da Vida da FCTUC, respectivamente.
Considerando o problema da resistência a antibióticos, esta investigação assume particular relevância porque “permite eliminar as bactérias antes de acontecer a transmissão. Como é sabido, uma larga maioria das infeções acontece em ambiente hospitalar, sendo por isso essencial investigar formas inovadoras de as prevenir e combater. Esta nova geração de polímeros demonstrou a capacidade de eliminar as bactérias, mesmo as mais resistentes, evitando a sua proliferação. É um método completamente seguro, que recorre a materiais biocompatíveis, inócuos para o ser humano”, realçam os especialistas.
O método de produção testado em laboratório é aplicável à escala industrial, facilitando assim a sua introdução no mercado. Se tudo correr como o previsto, os pesquisadores estimam que o novo revestimento antimicrobiano possa entrar no circuito comercial dentro de dois a três anos.
O estudo é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e conta com a colaboração da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP). Os resultados obtidos foram publicados na revista científica Biomacromolecules.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia na página da Universidade de Coimbra.
Fonte: Cristina Pinto, FCTUC. Imagem: Getty Images.
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