Notícia

Pesquisa feita na UFMS apresenta sistema de tratamento eletroquímico capaz de eliminar agrotóxicos

Pesticidas abolidos de uso pelos americanos e europeus continuam sendo usado no Brasil, mesmo diante de varias evidencias que demonstram a toxicidade

Divulgação

Fonte

UFMS | Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Data

quarta-feira, 4 julho 2018 12:00

Áreas

Agricultura, Pesquisa, Saúde.

Pesquisa desenvolvida no Instituto de Química (Inqui) apresenta sistema de tratamento eletroquímico capaz de eliminar agrotóxicos e outros compostos presentes na água.

“Os pesticidas são amplamente utilizados na forma de combate a pragas ou no seu controle. Seu uso intensivo e seu manejo incorreto tem causado a contaminação do meio ambiente, bem como de corpos d’águas”, explica o pesquisador Dr. Fábio Gozzi, responsável pela pesquisa “Estudo da degradação de pesticidas em água por métodos eletroquímicos de oxidação avançada”, bolsista PNPD/Capes.

O pesquisador alerta que o Brasil e mais especificamente a região Centro-Oeste apresentam grande utilização de agroquímicos devido à imensa área agricultável. “Dessa forma, os processos eletroquímicos oxidativos avançados (PEOAs) têm sido amplamente investigados com o objetivo de viabilizar sua aplicação no tratamento de águas contaminadas com pesticidas”.

O Brasil superou há alguns anos os Estados Unidos da América em importação de agrotóxico, tornando-se o maior importador mundial de pesticidas. “O mais preocupante é que pesticidas abolidos de uso pelos americanos e europeus continuam sendo usado aqui, mesmo diante de varias evidencias que demonstram a toxicidade”.

Com base em experiência na Universidade de Barcelona – onde desenvolveu parte dos estudos em doutorado sanduíche, o pesquisador Fábio Gozzi iniciou as pesquisas laboratoriais no Inqui com um sistema de bancada e agora está gerenciando o processo de aplicação em planta piloto com a célula eletroquímica tipo filtro-prensa.

“Usamos eletrodos que promovem a degradação dos compostos orgânicos no tratamento da água. Para funcionar, aplicamos uma determinada corrente que geram os oxidantes peróxido de hidrogênio e radical hidroxila. Esse sistema eletroquímico, que gera espécies como o radical hidroxila, elimina os pesticidas da água a níveis não detectáveis de pesticidas”, explica o pesquisador.

“Normalmente, fazemos uma adição de outro reagente, o ferro, para que gere mais radical hidroxila. Assim, temos a possibilidade de trabalhar com três processos eletroquímicos: a oxidação anódica (sem adição de ferro), eletro-Fenton (com adição de ferro) e fotoeletro-Fenton (com adição de ferro e utilização de luz artificial ou natural)”, diz.

O pesquisador realiza a comparação dos três processos eletroquímicos. “Há alguns pesticidas mais recalcitrantes, mais difíceis de serem destruídos pelo sistema, e uma combinação de processos pode melhorar isso, mas geralmente o fotoeletro-Fenton é o melhor”, avalia o professor.

Segundo o professor Fábio, esse sistema pode se tornar autônomo, principalmente em um Estado como Mato Grosso do Sul onde há faixa de luz solar bastante ampla, o que permite montar um sistema fotovoltaico para a geração de energia e deixar o sistema fotoeletroquímico autossuficiente em energia.

Acesse a notícia completa no site da UFMS.

Fonte: Paula Pimenta, Fundação UFMS. Imagem: divulgação.

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