Notícia

Pele impressa em 3D pode substituir testes em animais

“A implementação desta mudança no Brasil significaria não apenas o atendimento à demanda ética da população, mas estaríamos seguindo a tendência mundial de substituição de modelos animais”

Pixabay

Fonte

CNPq | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Data

domingo, 27 maio 2018 16:00

Áreas

Pesquisa, Sociedade

Pele humana reconstituída em impressoras 3D pode ter importantes utilidades como a avaliação toxicológica ou de eficácia de substâncias aplicadas topicamente. Essa é a conclusão da pesquisa da bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e doutoranda no Instituto Politécnico Rensselaer, em Nova Iorque (EUA), Carolina Motter Catarino.

O método consiste, primeiramente, na extração de células de amostras de pele provenientes de cirurgias plástica ou postectomia. A seguir, as tintas biológicas que serão usadas na impressão da pele são produzidas por meio de mistura de proteínas presentes na pele humana, tais como o colágeno tipo I e as células previamente isoladas (fibroblastos, queratinócitos e melanócitos). Depois de impressas, as amostras de pele são mantidas em incubadora por cerca de 14 dias para diferenciação das células. Após esse período, a pele apresenta estrutura semelhante à pele humana.

Essa criação permite substituir o uso de animais em testes que avaliam, por exemplo, reações adversas de substâncias usadas em maquiagens e outros produtos químicos. E até com melhores resultados, aponta a pesquisadora. Segundo Carolina, a pele animal possui diferenças fisiológicas em relação à pele humana, e podem gerar resultados que posteriormente não são observados em humanos ou até mesmo não antecipar possíveis efeitos adversos. “Essas diferenças podem ser observadas no número de camadas da pele e na concentração de folículos capilares e glândulas sudoríparas. Essas características influenciam a forma e a velocidade que uma substância é absorvida através da pele, como ela interage com as células das camadas inferiores da pele, e a quantidade que poderá alcançar a circulação, podendo resultar ou não em efeitos sistêmicos”, explica Catarino.

Métodos Alternativos

Quanto à possível implementação de métodos alternativos aos testes em animais no Brasil, a cientista afirma que o país seguiria a tendência de paises desenvolvidos. “Nos países europeus, a comercialização de produtos testados em animais é vetada. Assim, a implementação desta mudança no Brasil significaria não apenas o atendimento à demanda ética da população, mas estaríamos seguindo a tendência mundial de substituição de modelos animais. Além disso, a adoção de tais métodos significaria que empresas de cosméticos brasileiras poderiam comercializar seus produtos em países da União Europeia, o que possibilitaria a expansão de seus mercados”, afirma a cientista.

Acesse a notícia completa no site do CNPq.

Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq. Imagem: Pixabay.

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