Destaque

Livro reúne visões ampliadas do conceito de periferias

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

terça-feira, 14 maio 2024 17:50

A Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sedia, no dia 15 de maio, o lançamento do livro Periferias no plural, em parceria com importantes fundações de educação, pesquisa e cultura, como a Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil (FES) e a Fundação Perseu Abramo (FPA), e com apoio dos projetos Reconexão Periferias e Criticar (UFMG).

Organizado por Paulo Ramos, Jaqueline Lima Santos, Victoria Braga e Willian Habermann, Periferias no plural reúne 25 artigos de 43 autores que debatem a amplitude do conceito de periferia por meio da pluralidade metodológica e interpretativa para a realidade brasileira. A coletânea resulta de parceria entre o projeto Reconexão Periferias, a FPA, e a Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil. O download da obra pode ser feito gratuitamente no site da FPA.

Democratização e reconhecimento

“A periferia emergiu como questão fundamental das pesquisas urbanas brasileiras na década de 1970. Tratava-se de um termo empregado pela academia para designar territórios distantes do centro das cidades, carentes de infraestrutura, onde se concentrava a população pobre, predominantemente migrante, em terrenos irregulares e casas construídas pelos próprios moradores. Eram os territórios das chamadas classes populares urbanas e o berço de novos personagens que entraram na cena política como atores cruciais para a redemocratização brasileira”, contextualizou o Dr. Danilo França, professor de Sociologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), na contracapa do livro.

A ascensão da periferia como categoria identitária, prosseguiu o professor França, ocorreu a partir dos anos 1990, quando os próprios moradores passaram a narrar suas experiências e denunciar desigualdades. O rap e o hip-hop lideraram essa expressão cultural, refletindo os sentimentos e mentalidades das comunidades negras e pobres. As políticas públicas dos anos 2000 promoveram a inclusão desses jovens nas universidades e tornaram possível que eles ocupassem espaços de produção de conhecimento. A identidade periférica se disseminou amplamente e uniu movimentos político-culturais de diversas origens em lutas por democratização e reconhecimento no Brasil contemporâneo.

A palavra periferia evoluiu de estigma a fonte de orgulho e base de identidade política, especialmente após ser adotada por grupos culturais como os Racionais MCs. “As experiências sociais periféricas também evidenciam uma diversidade de contextos que podem ser agrupados e traduzidos como periferia ou, como esse livro buscará evidenciar, pela palavra periferias, no plural”, está anotado na introdução de Periferias no plural.

Serviço

Livro: Periferias no plural
Organizadores: Paulo Ramos, Jaqueline Lima Santos, Victoria Braga e Willian Habermann
Editora: Fundação Perseu Abramo e Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil
487 páginas | gratuito
Acesse o livro gratuito.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.

Fonte: UFMG.

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