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Experimentos com biocarvão desenvolvidos na UEMG podem melhorar resultados da agroindústria brasileira e contribuir na luta contra as mudanças climáticas
Em um movimento pioneiro na pesquisa agroindustrial brasileira, uma equipe de pesquisadores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Unidade de Frutal, liderada pela Dra. Osania Ferreira e pelo Dr. Alan Machado, está avançando fronteiras com o uso inovador de biocarvão. A pesquisa, que começou em 2019, está agora se desdobrando em experimentos de campo após resultados promissores em laboratório e em casa de vegetação. O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), com investimentos que somam quase R$ 700 mil.
O foco do estudo é a utilização de resíduos da agroindústria para a criação de biocarvão através da pirólise, um processo que transforma biomassa em um produto rico em carbono em um ambiente com limitação de oxigênio. O biocarvão tem demonstrado potencial para melhorar significativamente as propriedades do solo, aumentar a produtividade das colheitas e contribuir para o sequestro de carbono, um passo crítico na luta contra as mudanças climáticas.
Os testes iniciais atraíram a atenção dos produtores de cana-de-açúcar na região do Triângulo Mineiro, levando à colaboração com o grupo Brunozzi, que está realizando um experimento em uma área de 7 hectares. Este estudo visa validar o potencial do biocarvão para o setor sucroenergético, com os pesquisadores da UEMG avaliando as melhores práticas de manejo e os impactos no crescimento da cana-de-açúcar.
A equipe multidisciplinar que está por trás deste projeto inclui os pesquisadores Adriana Alves (microbiologia e análise físico-química de solo), Dra. Elisângela Aparecida da Silva (fisiologia vegetal), Dr. João Fischer (estatística, mecanização e irrigação), Dr. Leandro Pinheiro (perdas de solo), Dr. Gustavo Gravatim (qualidade tecnológica da cana-de-açúcar) e com a engenheira agrônoma Mariana Silvério. Esta diversidade de conhecimentos sublinha a abordagem holística do estudo, garantindo uma compreensão abrangente dos benefícios do biocarvão.
Os professores Alan Machado e Osania Ferreira expressaram entusiasmo com os avanços do projeto: “Estamos na vanguarda de uma pesquisa que pode não apenas melhorar a sustentabilidade e produtividade na agricultura mas também contribuir significativamente para a mitigação das mudanças climáticas. A colaboração com os produtores locais e o apoio financeiro recebido demonstram a viabilidade e o interesse crescente em soluções ambientalmente responsáveis dentro do setor agroindustrial.”
O projeto destaca a UEMG como um centro de excelência em pesquisa agroindustrial e também coloca o Brasil no mapa como líder em inovações sustentáveis no setor agrícola.
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Estado de Minas Gerais.
Fonte: UEMG.
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