Destaque

Pesquisadores da UFRJ participam da despoluição de lagoa em Macaé

Fonte

UFRJ | Universidade Federal do Rio de Janeiro

Data

segunda-feira, 15 janeiro 2024 11:10

Pesquisadores do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) participam ativamente do processo de despoluição da Lagoa de Imboassica, um dos cartões-postais da cidade de Macaé. Além de pesquisar e monitorar a região há cerca de 35 anos, o Instituto já vem contribuindo com a ação do poder público local ao proporcionar o desenvolvimento de estratégias e orientações para a despoluição da lagoa.

Com uma área equivalente a 500 campos de futebol, a Lagoa de Imboassica é uma importante região para o município de Macaé, no Norte Fluminense do Rio de Janeiro. Além de apresentar as características de um ecossistema único, ela também é um local de lazer, morada e pesca para os habitantes da cidade. Em torno da lagoa há dois polos da Petrobras, que, na década de 70, época da instalação, favoreceram um processo de remoção dos moradores de baixa renda e pescadores do local e, consequentemente, maior especulação imobiliária na região, com imóveis mais caros.

Apesar da importância que apresenta, tanto econômica quanto socialmente, a lagoa enfrenta problemas relacionados à poluição e despejo de esgoto sanitário sem tratamento adequado. É um risco diário para a sobrevivência de todo o corpo hídrico, como aponta o Nupem/UFRJ. De acordo com o Dr. Rodrigo Lemes, professor de Biologia do Nupem, os principais obstáculos da lagoa atualmente são o assoreamento, o esgoto e as aberturas periódicas da região para entrada e saída das águas do mar, que provocam alta taxa de assoreamento e diminuem a capacidade do corpo hídrico.

“As casas das pessoas são inundadas com mais frequência, porém as aberturas recorrentes da barra acabam por matar as plantas e a matéria morta vai para o fundo. A população força, cada vez mais, para abrir a barra. Assim, a lagoa fica em uma condição de degradação muito acelerada e já não suporta mais esse processo de diminuição da quantidade de água que ela comporta. Isso é um problema sério”, explicou o professor Rodrigo, que também é professor de Biologia da UFRJ.

Medidas para melhorar ou até mesmo solucionar o problema da poluição da lagoa são essenciais para a sobrevivência do ecossistema nas próximas décadas. Segundo o professor, as últimas medições feitas pelo Nupem, durante os piores cenários de abertura da lagoa, apontam que, até o final do século, o local pode vir a ser um brejo. Apenas a despoluição vai assegurar “uma maior sustentabilidade à lagoa”, nas palavras do professor Rodrigo. “Talvez a gente ganhe uma sobrevida de mais de 50 anos ou mais de 200 anos. Mas estamos diante de um quadro de mudanças climáticas globais. É difícil prever como a lagoa vai se comportar nos períodos de chuvas ou secas. A despoluição já garante mais um tempo”, finalizou.

Acesse a notícia completa na página do Portal Conexão UFRJ.

Fonte: Julia Mendes, Conexão UFRJ.

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