Destaque
Sensores de baixo custo contribuem para a vigilância da qualidade do ar
Fonte
FSP-USP | Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Data
terça-feira, 12 dezembro 2023 19:30
Artigo recém-publicado na revista internacional Atmosphere demonstrou como os sensores de baixo custo possuem aplicação efetiva na vigilância da saúde ambiental em tempo real. O artigo, assinado por Patrick Connerton, doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Global e Sustentabilidade da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), tem a orientação da professora Dra. Helena Ribeiro e a participação do professor Dr. Thiago Nogueira, ambos do Departamento de Saúde Ambiental da FSP-USP.
O artigo traz importantes contribuições para a elaboração e a implementação de políticas públicas de vigilância da qualidade do ar em tempo real. A vigilância em tempo real ajuda a limitar as emissões antropogênicas, reduzir a exposição humana a materiais particulados, além de permitir a preparação e a intervenção oportuna no setor da saúde, segundo o artigo. Na ausência de redes de monitorização de nível regulamentar, os sensores de baixo custo oferecem uma alternativa viável para gerar estimativas em tempo real, além de disponibilizar publicamente os dados dos poluentes, de acordo com os autores.
Os pesquisadores examinaram dados de dois sensores de baixo custo (modelo PurpleAir PA-II-SD) implantados em Brasília (Distrito Federal), durante a temporada de incêndios florestais de 2022, usando o modelo HYSPLIT da NOAA para investigar a origem de um pico de material particulado detectado.
O estudo concluiu que houve alta concordância dos dados dos sensores nos dois locais de medição (escola e parque) em relação aos valores do modelo. As concentrações médias diárias de material particulado fino atingiram valores máximos de 46 µg/m3 e 43 µg/m3 (escola e parque, respectivamente).
Com a perspectiva de que o aquecimento global aumente a suscetibilidade a incêndios florestais em muitas partes do Brasil, a necessidade de responder à crise climática exige a implantação urgente de tecnologias inovadoras que possam ajudar a orientar intervenções tanto nas áreas de saúde pública como de regulação ambiental. As tecnologias estudadas podem, de fato, ser incorporadas em conjunto e podem aproveitar as redes de monitorização existentes, mostrou o artigo.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Fonte: FSP-USP.
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