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UEPB recebe patente por sistema verde e sustentável de destilação de água que usa energia solar
Recentemente, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) recebeu uma ótima notícia: foi oficialmente reconhecida a patente pelo ‘Sistema de Destilação de Água de Alto Rendimento com Uso de Energia Solar’. A inovação é considerada uma revolução no campo da produção de água destilada e foi reconhecida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPI) sob o número BR 10 2017 006183 3.
Segundo a Coordenadoria de Inovação Tecnológica da UEPB (Inovatec/UEPB) , a invenção não só proporciona qualidade laboratorial e industrial excepcional, mas também reduz significativamente o consumo de água e energia. O produto foi desenvolvido pelos inventores Dr. Josemir Moura Maia, professor do Campus IV, em Catolé do Rocha, e do Programa de Pós-graduação em Ciências Agrárias (PPGCA/UEPB); Potí Oliveira Cortez Costa, químico, assistente administrativo e assessor da coordenação do Laboratório de Qualidade de Produção Vegetal do Câmpus IV; Jeneilson Alves da Silva, egresso do PPGCA/UEPB; Luiz Augusto Dutra de Lima e Henrique Cavalcante Diniz, egressos do curso técnico em Agropecuária pela Escola Agrotécnica do Cajueiro, também do Campus IV.
Em 2017, os então estudantes da Escola Agrotécnica Luiz e Henrique participaram da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), apontada como a maior feira da área da América Latina, foram vencedores da categoria ‘Destaque Federação: melhor trabalho da Paraíba’ e obtiveram o 4º lugar do Brasil na categoria ‘Engenharia’.
O professor Josemir contou que o processo de pesquisa e construção foi feito muito em torno de conversas entre os cinco inventores, embora tenha partido especialmente dos alunos, em particular de Jeneilson, então mestrando e seu orientando, porém como uma atividade paralela ao mestrado. E todo o processo, reuniões e construção se deram em Catolé do Rocha.
Invenção
O sistema consiste em três partes fundamentais:
- Concentradora de Raios Solares: concentra os raios solares em um único foco para aquecer uma serpentina circular ou linear, câmara ou caldeira;
- Sistema Mecatrônico: alimentado por energia solar, ele ajusta a concentradora para seguir o sol, aumentando a eficiência de captação de energia solar;
- Unidade Condensadora: com sistema de resfriamento independente e circulação fechada auto-resfriável.
“Juntamos duas peças interessantes. A ideia era purificar agua salobra utilizando energia solar. Entendemos que era um processo mais barato para dessalinização e que a tecnologia do forno solar, que já existia, poderia ser utilizada na construção de um destilador solar”, explicou o professor Josemir.
Josemir Moura afirmou que, no momento, a equipe busca desenvolver um protótipo maior e então partir para apresentação a interessados e futuros desenvolvedores. É a partir da carta-patente concedida pelo INPI que isto é possível. “Essa carta significa que, no Brasil, essa tecnologia foi reconhecida como totalmente original, sem cópia, uma invenção legitima e valorizada. E isso agrega um grande valor para a tecnologia. Quem for comercializar, saberá que o produto será exclusivo”, afirmou o pesquisador.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual da Paraíba.
Fonte: Juliana Rosas, UEPB.
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