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Pesquisa propõe modelo para inserir o design no processo de revitalização de cidades
Soluções inovadoras no campo de revitalização de espaços públicos podem promover qualidade de vida e tornar a cidade mais eficiente, segura, atraente e desejável.
O design, entendido como ferramenta para inovação no processo de revitalização de cidades, exige, porém, um conhecimento multidisciplinar, além de técnicas e métodos próprios, conexão entre os setores público e privado, e ainda uma relação dessa área com o planejamento urbano. Com isso em mente, a pesquisadora Dra. Cláudia Nichetti propôs, em sua tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), um modelo de utilização das ferramentas de design para o desenvolvimento de um projeto de revitalização urbana.
O modelo propõe uma aproximação do poder público com universidades, a valorização do design junto a gestores públicos e partes interessadas, e a inserção, nos currículos dos cursos de Design, de disciplinas que abordem essa área e a de Urbanismo como ferramentas para melhorar as cidades.
O primeiro passo do modelo é, justamente, desenvolver competências em Urbanismo entre os profissionais de design. Isso se daria em cinco esferas: atitude, que seria uma maneira de pensar de forma integrativa, analítica e crítica; experiência, ao se adquirir familiaridade, projetando e implementando projetos; conhecimentos de design para resolução de problemas; capacidades relacionadas à criatividade, intuição e mentalidade para a resolução de problemas; e, por fim, habilidades necessárias para executar uma ação ou processo e aplicação dos métodos de design.
Na segunda etapa do modelo, utilizam-se técnicas para entender os problemas de uma cidade, analisando a viabilidade e a funcionalidade da intervenção proposta, inserindo o usuário do ambiente nesse processo e avaliando as características físicas, culturais e comportamentais do lugar. A partir dessas informações, seria possível decidir qual processo nortearia a revitalização pela inovação:
- investir na relação de design, identidade e território;
- placemaking (processo de planejamento, criação e gestão de espaços públicos com foco nas pessoas);
- placebranding (mudança física dos lugares e transformações orientadas em representações gráficas e de comunicação); ou
- propostas smart city (cidades inteligentes e eficientes, com uso consciente de recursos naturais e tecnológicos em benefício da sociedade).
A Dra. Claudia explicou que o modelo surgiu da identificação de conhecimentos de design que já existiam, mas que eram pouco usados para resolver problemas reais relacionados à revitalização de cidades. “Tudo que está proposto dentro da minha tese são coisas que eu fui compilando da literatura e fui cruzando com o que os profissionais usam na vida real. Meu modelo não é para designers trabalharem, necessariamente, é para qualquer pessoa que vá desenvolver um projeto”, concluiu a Dra. Cláudia Nichetti.
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Fonte: Thiago Rodrigues Müller, Ciência UFRGS – Jornal da Universidade.
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