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Técnica para identificar turbidez da água recebe registro de patente
Pesquisadores do Campus Toledo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) receberam recentemente o registro de patente do Instituo Nacional de Proteção Intelectual (INPI) pelo reconhecimento do desenvolvimento de um turbidímetro, que identifica a turbidez na água através de imagens.
Os trabalhos da pesquisa ‘Determinação de turbidez por análise estatística de imagens’ tiveram início em 2015 e o anúncio do registro da patente BR102016028107-5 foi feito pelo INPI no final do mês de julho de 2023.
“Tudo começou quando recebemos uma webcam que não era mais utilizada pelo serviço de Tecnologia da Informação (TI) da instituição. Era uma câmera de baixa resolução com nenhuma funcionalidade. No entanto, foi possível criar um código simples para controle e aquisição das imagens em função do tempo”, explicou o professor Dr. Ricardo Schneider.
O pesquisador explicou que a câmera simula o olho humano reproduzindo, da melhor forma possível, o que é visualizado. “As câmeras digitais possuem filtros que permitem a aquisição de imagens compostas de cores primárias: vermelho, verde e azul (RGB). Assim, se o ser humano consegue visualmente notar/perceber alguma diferença em algum processo é de se esperar, pelo menos em teoria, que a diferença possa ser percebida em uma imagem do mesmo processo. Assim, com o tratamento de imagens digitais conseguimos extrair diversas informações”, afirmou o pesquisador.
O professor ainda destacou que uma imagem pode conter mais informações que o olho humano consegue perceber: “Então, com uma quantidade suficiente de imagens pode-se estudar melhor o processo. Com o avanço de técnicas de processamento de imagens, inteligência artificial, entre outros, cada vez mais informações de um objetivo/processo podem ser exploradas”, completou o professor.
A turbidez é um dos parâmetros de qualidade da água e a vantagem desta forma de identificação desenvolvida é que o processo fica mais simples e barato. “A turbidez é algo percebido ao olho nu, dependendo do nível considerado de partículas no fluido analisado. Inclusive o método mais clássico de turbidez era a comparação visual com padrões. Assim, criou-se uma série de imagens que relacionam os padrões com a turbidez. Essa relação pode ser feita com uma calibração normal (feita em qualquer instrumento) ou pelo processamento de muitas imagens. No nosso caso, algo misto foi realizado chegando ao desempenho de um turbidímetro comercial com imagens simples”, concluiu o professor Ricardo Schneider.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Fonte: UTFPR.
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