Destaque
UFPA cria Observatório da Gestão Costeira do Estado do Pará
Fonte
CAPES | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Data
segunda-feira, 24 julho 2023 11:05
A Universidade Federal do Pará (UFPA) criou o Observatório da Gestão Costeira do Estado do Pará (OGCPará). O objetivo é auxiliar o governo local a tomar decisões e subsidiar a formulação de políticas públicas a partir da produção acadêmico-científica. O projeto é financiado pelo Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) na Amazônia Legal, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Não é de hoje que a UFPA promove estudos sobre a zona costeira. A instituição tem até um Instituto de Estudos Costeiros, localizado em Bragança (PA). Em 2020, o governo do estado criou a Política Estadual de Gerenciamento Costeiro. O edital da CAPES veio no ano seguinte. A legislação paraense traça objetivos para assegurar a conservação do meio ambiente valorizando áreas de preservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. A faixa terrestre abrange 47 municípios, divididos em cinco setores.
Com o observatório, juntaram-se várias pesquisas desenvolvidas ao longo dos anos para apoiar essa gestão. Para além da produção já feita, a Universidade fomenta a formação de pessoal qualificado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia. “Nosso interesse é tentar subsidiar cientificamente a gestão, o uso, a resolução de conflitos sociais e territoriais na zona costeira”, explicou o Dr. Claudio Szlafsztein, coordenador do projeto e professor do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA.
Com ampla atuação, a equipe criou, com recursos da CAPES, o Laboratório de Estudo da Paisagem Amazônica (Lepam), onde funciona o OGCPará. A unidade centraliza boa parte dos trabalhos. “Dentro do OGC, realizamos atividades de extensão, como ida a escolas públicas de municípios para ajudar no ensino de alunos da educação básica, bem como atividades de campo dos pesquisadores”, contou o Dr. Eder Mileno Silva de Paula, coordenador do Lepam.
As pesquisas abrangem projeções de longo prazo. Bolsista CAPES de doutorado no Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO) da UFPA, Rafael Menezes analisou a vulnerabilidade à erosão costeira: “Além de trabalhar com os eventos extremos, vou projetar o risco associado ao juntar os dados do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) com cenários futuros para 2050 e 2100, modelar e ver como isso atinge a costa”, explicou. Seu trabalho rendeu um artigo publicado na Revista Geo Amazônia sobre a evolução dos mangues na Ilha do Marajó entre 1972 e 2020. Já o bolsista Carlos Henrique Silva vai analisar as interações entre as partes marítima e terrestre da costa.
Iniciado em 2021, o projeto do observatório teve um seminário interno para falar sobre o andamento dos trabalhos. O próximo passo é a realização, neste segundo semestre, de um seminário externo, com representantes do governo. A ideia é passar parte da produção científica de forma direta para os responsáveis pela administração pública, em especial a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
Acesse a notícia completa na página da CAPES.
Fonte: Redação CGCOM/CAPES.
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