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Estudo de pesquisadores do Politécnico de Milão aponta as vantagens ambientais dos parques eólicos flutuantes offshore
Os parques eólicos offshore, sobre os quais se depositam grandes expectativas para a descarbonização do sistema elétrico, trazem benefícios ambientais ao longo do seu ciclo de vida. É o que revela um estudo publicado na revista científica Sustainable Production and Consumption, no qual pesquisadores do Politécnico de Milão analisaram os potenciais impactos ambientais de um parque eólico offshore flutuante em autorização na costa da Sicília.
A análise incluiu as fases de aquisição de materiais, transporte de componentes, montagem e instalação com barcos especializados, manutenção durante a fase operacional, desmontagem e fim de vida.
Comparando os resultados, para 1 GWh de energia produzida pelo parque eólico com a mesma quantidade de energia retirada da rede elétrica nacional, os impactos globais da energia eólica são significativamente reduzidos para quase todas as categorias de impacto analisadas: em comparação com a categoria ‘mudança climática’, o benefício é igual a uma redução dos impactos de 92%, enquanto uma piora é observada apenas para a categoria ‘esgotamento de recursos abióticos’ (+95%). Além disso, os resultados demonstram que os investimentos em termos de emissões de gases de efeito estufa e energia seriam compensados rapidamente pela geração evitada de energia a partir de fontes fósseis, em 2 e 3 anos, respectivamente.
A literatura científica ainda é escassa quando se trata de análises de ciclo de vida (LCA) de parques eólicos offshore, com turbinas de grande porte (mais de 15 MW) instaladas em estruturas flutuantes, refletindo os desenvolvimentos recentes da indústria e do mercado atual. No entanto, para avaliar sua real sustentabilidade ambiental, é importante analisar as tecnologias de geração de eletricidade a partir de fontes renováveis também sob a perspectiva do ciclo de vida.
O trabalho foi desenvolvido pelo Dr. Mario Grosso, professor de Gestão e Tratamento de Resíduos; pela Dra. Lucia Rigamonti, professora de Metodologias para Pensar o Ciclo de Vida e pela Dra. Gaia Brussa, pesquisadora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, todos do Politécnico de Milão.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Politécnico de Milão (em italiano).
Fonte: Politécnico de Milão.
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