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Colaboração internacional contribui para reduzir disparidades no enfrentamento das mudanças climáticas
As mudanças climáticas já estão afetando todas as regiões do mundo, impactando os sistemas naturais, a biodiversidade e a vida humana. A natureza global desse desafio exige que as agências de financiamento públicas de todos os países estejam envolvidas em pesquisa sobre o tema, construindo sinergias e colaborações com outras iniciativas. Para que esse esforço seja efetivo, contudo, devem ser criados mecanismos para auxiliar as agências financiadoras de países com economias em transição de modo a diminuir as disparidades regionais no enfrentamento dessa ameaça.
A avaliação foi feita por especialistas em um painel de discussão a respeito do financiamento à pesquisa sobre mudanças climáticas que aconteceu no último dia 31 de maio, durante o encontro anual do Global Research Council em Haia, nos Países Baixos.
Durante o evento, coorganizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), representantes de agências de fomento de 63 países ratificaram uma declaração de princípios e práticas sobre financiamento de pesquisas sobre o tema.
“A colaboração internacional permitirá identificar possíveis opções de mitigação e adaptação para atender às necessidades regionais abrangendo toda gama de setores, incluindo os de energia, transporte, edificações, indústria, agricultura, uso da terra e resíduos florestais”, disse a Dra. Thelma Krug, vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas Globais (IPCC) das Nações Unidas e membro do Conselho Superior da FAPESP.
Durante sua palestra, a Dra. Thelma Krug destacou que a ciência já aponta a necessidade de reduções rápidas, profundas e sustentadas das emissões de gases de efeito estufa (GEE) para que as metas de temperatura de longo prazo estipuladas no Acordo de Paris sejam cumpridas. Isso implicará profundas mudanças sociais e transformações em todas as áreas da sociedade, apontou.
“Essas transformações exigem que o conhecimento científico e o tradicional se unam para ajudar a identificar e implementar melhores práticas e estratégias em nível nacional, conectando a ciência com todos os níveis de governo, o setor privado, a sociedade civil, as comunidades locais e os povos indígenas. Ninguém pode ficar de fora dessa equação”, sublinhou.
A fim de atingir esse objetivo, porém, é necessário promover a igualdade de oportunidades para os países do sul global – que inclui nações em desenvolvimento na América Latina, Caribe, África, Ásia e Oceania –, ponderou a Dra. Thelma Krug.
Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.
Fonte: Elton Alisson, Agência FAPESP.
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