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A engenharia, a economia circular e os exemplos da natureza
“Na minha carreira de pesquisa, concentrei-me em como as enzimas e os micróbios decompõem a biomassa. Os micróbios da natureza podem decompor a biomassa vegetal, como a madeira, em açúcares, que passam pela cadeia alimentar até os animais. Nesta magnífica economia circular, tudo é utilizados e não há desperdício, ao contrário de muitos processos industriais. A aspiração de engenharia é uma nova forma de pensar que busque imitar o uso racional dos recursos da natureza”, disse a Dra. Kristiina Kruus, Diretora da Escola de Engenharia Química da Universidade Aalto, na Finlândia.
Engenharia e escolhas sustentáveis
“Tenho plena convicção de que o desenvolvimento tecnológico encontrará soluções para a crise climática, a perda da biodiversidade e a escassez de matérias-primas. Essa transição massiva já está em andamento: os veículos elétricos estão assumindo o controle, o consumo de uso único está diminuindo e estamos aprendendo a fazer escolhas sustentáveis”, continuou a pesquisadora.
Sobre o papel da Engenharia Química nesse processo de transformação e inovação que pretende imitar a natureza, a professora destacou: “Estou particularmente animada com o fato de que a Engenharia Química, que tem sido vista como promotora de poluição da indústria pesada, agora é atraente para os jovens, ao mesmo tempo em que o campo luta por soluções limpas. Estamos educando os alunos que farão e aplicarão a ‘engenharia aspiracional’ do futuro. Um exemplo é o hidrogênio verde, que pode ser produzido com energia eólica e usado para fazer, por exemplo, fertilizantes e produtos químicos, livres de emissões”.
“Como bioengenheira, é incrível ver como os biomateriais renováveis estão substituindo as embalagens de origem fóssil, como o plástico. Além da substituição, a reciclagem de materiais como têxteis, fibras e metais é outra forma importante de proteger a natureza. Mas o consumo de uso único precisa ser reduzido, porque impedir a geração de resíduos em primeiro lugar é a ação mais eficaz. A tecnologia também pode desempenhar um papel aqui, porque com o uso criterioso e sistemático de matérias-primas e produtos mais duráveis, podemos reduzir o desperdício e promover a reciclagem”, destacou a Dra. Kristiina Kruus.
Acesse a matéria completa na página da Universidade Aalto (em inglês).
Fonte: Universidade Aalto.
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