Destaque

Pesquisadores concluem estudos de mais de uma década sobre pássaros no Parque Nacional do Iguaçu

Fonte

UEL | Universidade Estadual de Londrina

Data

sexta-feira, 28 abril 2023 06:55

Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) acabam de publicar um estudo sobre aves raras e meio ambiente na revista científica Journal for Nature Conservation, relatando o resultado de mais de 10 anos de estudos desenvolvidos no Parque Nacional do Iguaçu, Unidade de Conservação Federal que tem mais de 185 mil hectares e que é considerada a maior reserva de Mata Atlântica do interior do país. O estudo intitulado “A importância funcional de espécies raras e dominantes em uma região Neotropical – comunidade de pássaros da floresta” reuniu pesquisadores do Laboratório de Ornitologia e Bioacústica (Lobio), do Departamento de Biologia Animal e Vegetal (CCB), e dos departamentos de Estatística e de Matemática (CCE).

A pesquisa representa o maior levantamento quantitativo sobre populações de espécies de aves típicas paranaenses, realizada exatamente em um dos locais símbolos da flora e fauna do estado – considerado, inclusive, patrimônio natural da humanidade pela Unesco. O resultado quantifica aves raras, intermediárias e dominantes e conclui que as espécies consideradas raras desenvolvem funções ecológicas fundamentais para a biodiversidade, como a dispersão de sementes e o controle das populações de insetos e de roedores, daí a importância em preservá-las. O estudo é assinado pelo professor Dr. Luiz dos Anjos, coordenador do Laboratório de Ornitologia e Bioacústica, por Dr. Helon Oliveira, doutor pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas da UEL,  pela Dra. Mariana Urbano e pelo Dr. Paulo Natti, professores dos Departamentos de Estatística e de Matemática, respectivamente.

O objetivo da pesquisa foi verificar a quantidade, localização e ocupação das espécies. A pesquisa demonstrou que existem 138 espécies de aves na área de estudo, limitada em cinco quilômetros. A grande maioria, 107, ou seja, 78%, é rara. Outras 26 espécies (19%) são chamadas de intermediárias e apenas cinco, 3%, dominantes. De acordo com o professor Luiz dos Anjos, a observação foi feita a partir do canto e registrada em um gravador digital. Ele também utilizou um binóculo para tentar avistar as aves, o que nem sempre é possível.

O professor explicou que a participação de professores de Matemática e de Estatística foi necessária para desenvolver uma classificação adequada da quantidade de espécies raras, intermediárias e dominantes. Para fazer essa comparação, foi necessário o emprego da Análise de Cluster, técnica usada para classificar elementos muito parecidos em grupos distintos entre si. Para definir a semelhança – ou diferença – entre os elementos é usada uma função de distância, que precisa ser definida considerando o contexto do problema.

A  pesquisa foi desenvolvida com permissão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e integrou o projeto ‘Diversidade e Conservação de Aves na Porção Sul da Mata Atlântica’, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Portal ‘O Perobal’, da UEL.

Fonte: Pedro Livoratti, Agência UEL.

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