Destaque

Rede científica colaborativa tem foco no estudo das interações ecológicas entre plantas em escala global

Fonte

Universidade de Valência

Data

sábado, 3 dezembro 2022 07:45

Equipes de pesquisa de 23 países em 5 continentes, coordenadas pelo Centro de Pesquisa em Desertificação (CIDE, UV/CSIC/GVA) da Universidade de Valência, na Espanha, colaboram e fornecem dados abertos relacionados aos processos de associação entre plantas. Os dados coletados ao longo de 15 anos contribuirão para o conhecimento sobre a estabilidade e dinâmica das comunidades e ecossistemas vegetais.

Um artigo publicado recentemente na revista científica Ecology apresentou, pela primeira vez, uma base de dados global e aberta de redes de recrutamento de diferentes espécies de plantas em todo o planeta. Pesquisadores de instituições dos cinco continentes participaram desse trabalho, coordenado pelo Dr. Miguel Verdú, pesquisador do CIDE, CSIC-UV-GVA.

Uma rede de recrutamento (RN) descreve como as espécies de plantas se relacionam entre si em uma comunidade vegetal e, especificamente, descreve quais plantas se estabelecem sob quais outras. Essas relações não ocorrem ao acaso, mas seguindo uma rede estruturada de interações entre plantas que têm profundas implicações em sua composição, diversidade e estrutura, bem como na manutenção das comunidades vegetais nos ecossistemas.

Embora os mecanismos subjacentes às interações de recrutamento entre as espécies sejam bem compreendidos, pouco ainda se sabe sobre a estrutura das redes de recrutamento em uma escala maior, as comunidades ecológicas. Nesse sentido, a base de dados estabelecida reúne dados de 143 redes ecológicas de comunidades vegetais em 23 países, incluindo ecossistemas temperados e tropicais. Cada rede identifica a planta adulta da espécie já estabelecida e aquelas que recrutam sob ela em uma dada comunidade. Todas as redes estudadas reportam o número de recrutas por espécie estabelecida. Ao todo, o conjunto de dados inclui 850.000 recrutas envolvidos em interações entre 3.318 espécies de plantas vasculares de todo o mundo.

Essa vasta informação, com ampla distribuição geográfica, pode ser utilizada para construir modelos que descrevam como as espécies se associam em uma determinada comunidade e como certas espécies têm maior probabilidade de serem substituídas por outras, o que afeta a estabilidade da comunidade vegetal e a coexistência de espécies. “Estes modelos oferecem uma oportunidade valiosa para compreender as regras que regem as interações entre espécies de comunidades em ecossistemas naturais e contribuem para melhorar o conhecimento sobre o funcionamento e manutenção dos ecossistemas”, explicou o Dr. Miguel Verdú, professor pesquisador do CSIC e coordenador do trabalho.

Uma rede de redes

Os dados coletados são resultado do trabalho colaborativo de 97 pesquisadores que compartilharam informações ao longo de 15 anos, analisando as interações entre plantas em uma ampla gama de comunidades de plantas terrestres, incluindo florestas, matas e pastagens. Isso exigiu o estabelecimento de diretrizes metodológicas básicas para padronizar os métodos de amostragem que poderiam tornar os estudos futuros dessas redes diretamente comparáveis.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Valência (em Espanhol).

Fonte: Universidade de Valência.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2025 ambiental t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional em Meio Ambiente, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account