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Tese sugere como aumentar eficiência do saneamento básico

Fonte

CAPES | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Data

sexta-feira, 25 novembro 2022 07:20

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que, em 2018, o Brasil possuía 84% das famílias com água encanada e 53% com esgoto tratado. Os números, apurados com 2.461 empresas de saneamento, revelam, entretanto, que o País ainda está longe de alcançar a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), elaborado em 2013, cujo objetivo é atender 99% dos domicílios brasileiros com água e 92% com esgoto tratados até 2033.

André Danelon, doutor em Economia Aplicada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), e vencedor do Prêmio CAPES de Tese 2022 na categoria Economia, constatou que a meta dos 99% “corre sérios riscos de não ser atendida dentro do prazo”. Os principais motivos são os atrasos ocasionados pela pandemia e os desafios institucionais existentes em todo o País. Ele verificou que a eficiência econômica estimada no país para a área está por volta de 85%. Esses resultados indicam que, de forma geral, o setor trabalha perto de sua capacidade-limite e necessita de investimentos e novas tecnologias para aumentar sua capacidade produtiva.

“A expansão dos serviços de saneamento básico é fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira. Além de gerar investimentos, emprego e renda, contribuem para a elevação do estoque de capital humano, por meio de efeitos diretos e indiretos associados à saúde. Mais que isso, promove também o crescimento sustentável da economia”, explicou o pesquisador. Para que isso aconteça, o Dr. André Danelon acredita que “o principal caminho é a consolidação de um marco regulatório que garanta estabilidade institucional e estimule a captação de novos investimentos privados, complementando os investimentos públicos e acelerando a expansão do saneamento básico no país”.

Segundo o pesquisador, há uma tendência de aumento de custos ao longo do tempo que pode ocorrer por pressão demográfica em regiões com sistemas de saneamento defasados, ou por aumento de eventos climáticos extremos. Para solucionar o problema, a tese do pesquisador apresenta um modelo econométrico que contribui para a elaboração de uma ferramenta analítica a ser usada pelas agências reguladoras de modo a promover a competitividade no setor e apontar potenciais fatores determinantes do nível de eficiência. “Expandir e aprimorar as atividades de saneamento no Brasil é fundamental para que se obtenha crescimento econômico sustentável”, observou o Dr. André Danelon.

Acesse a notícia completa na página da CAPES.

Fonte: CGCOM/CAPES.

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