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Descarbonizar sistema energético até 2050 pode economizar trilhões

Fonte

Universidade de Oxford

Data

segunda-feira, 19 setembro 2022 06:05

Áreas

Economia. Energia. Engenharia Ambiental. Negócios. Políticas Públicas. Sociedade. Sustentabilidade. Tecnologias.

Espera-se que a transição para um sistema de energia descarbonizado por volta de 2050 economize ao mundo pelo menos US$12 trilhões (cerca de R$ 63 trilhões), em comparação com a continuação dos níveis atuais de uso de combustíveis fósseis, de acordo com um estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicado na revista científica Joule.

A pesquisa mostra um cenário ganha-ganha, em que a rápida transição para energia limpa resulta em custos mais baixos do sistema de energia do que sistemas de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que fornece mais energia para a economia global e expande o acesso à energia para mais pessoas internacionalmente.

O cenário de ‘Transição Rápida’ do estudo mostra um futuro realista possível para um sistema de energia livre de fósseis por volta de 2050, fornecendo 55% mais serviços de energia globalmente do que hoje, aumentando a energia solar, eólica, veículos elétricos e combustíveis limpos, como o hidrogênio verde (produzido a partir de eletricidade renovável).

“Modelos anteriores que previam altos custos da transição para energia de carbono zero dissuadiram as empresas de investir e criaram tensão política sobre a definição de políticas que irão acelerar a transição energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Mas os custos de energia limpa caíram acentuadamente na última década, muito mais rápido do que esses modelos esperavam. Nossa pesquisa mais recente mostrou que os custos da expansão das principais tecnologias verdes continuará sendo reduzido e, quanto mais rápido formos, mais economizaremos. Acelerar a transição para energia renovável é agora a melhor aposta, não apenas para o planeta, mas também para os custos de energia”, disse o Dr. Rupert Way, autor principal do estudo e pesquisador de pós-doutorado em Oxford.

Os pesquisadores analisaram milhares de cenários de custos de transição produzidos pelos principais modelos de energia e usaram dados de 45 anos de custos de energia solar, 37 anos de custos de energia eólica e 25 anos de armazenamento em baterias. Eles descobriram que o custo real da energia solar caiu duas vezes mais rápido do que as projeções mais ambiciosas nesses modelos, revelando que nos últimos 20 anos os modelos anteriores superestimaram em muito os custos futuros das principais tecnologias de energia limpa.

“Existe um equívoco generalizado de que mudar para energia limpa e verde será doloroso, caro e significa sacrifícios para todos nós – mas isso está errado”, disse o professor Dr. Doyne Farmer, que liderou a equipe que conduziu o estudo em Oxford. “Os custos das energias renováveis ​​vêm caindo há décadas. Eles já são mais baixos que os combustíveis fósseis em muitas situações, e nossa pesquisa mostra que eles se tornarão mais baratos que os combustíveis fósseis em quase todas as aplicações nos próximos anos. E, se acelerarmos a transição, eles ficarão mais baratos mais rapidamente. A substituição completa de combustíveis fósseis por energia limpa até 2050 economizará trilhões”

O estudo mostra que os custos das principais tecnologias de armazenamento, como baterias e eletrólise de hidrogênio, também devem cair drasticamente. Enquanto isso, os custos da energia nuclear aumentaram consistentemente nas últimas cinco décadas, tornando altamente improvável que seja competitiva em termos de custos com a queda dos custos de energia renovável e armazenamento.

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Fonte: Universidade de Oxford. Imagem: Freepik.