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Década para a Restauração de Ecossistemas: “É hora de unir esforços”
Cientistas têm advertido há anos que a Terra está chegando perto dos limites seguros que dão suporte à vida — prevendo consequências como o aquecimento climático, extinção em massa, degradação do solo, desertificação e poluição —, ao mesmo tempo que problemas socioeconômicos como a pobreza e a fome aumentam mundialmente.
A restauração de ecossistemas é parte da solução para a crise climática, para a crise da perda de biodiversidade, e tem um papel fundamental no alcance da Agenda 2030, contribuindo com todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Por isso, o período de 2021 a 2030 foi designado como a Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas.
Um chamado global à ação, a Década tem como objetivo prevenir, deter e reverter a degradação dos ecossistemas em todo o mundo. Para isso, no entanto, a iniciativa precisa de mais vozes e lideranças para criar uma grande onda regenerativa nas cidades e no campo.
No Brasil, por exemplo, os parceiros do projeto precisam aumentar e se capilarizar para todos os biomas e estados, incluindo os seus diversos setores, em particular as universidades e seus estudantes e pesquisadores, que podem ser agentes de transformação nos diversos territórios.
Matheus Couto, oficial de projetos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), reforçou: “Estamos vivendo um momento de grande degradação ambiental, mas ainda é possível revertermos este quadro, as soluções baseadas na natureza podem oferecer um terço da mitigação dos efeitos da mudança climática e evitar até 60% da extinção de espécies esperadas até 2050. É hora de unir esforços”.
A estratégia proposta pela Década também contribui diretamente para o cumprimento de importantes conferências ambientais da ONU como o Acordo de Paris, o Programa de Neutralidade da Degradação de Terras (da Convenção de Combate à Desertificação), o Marco Global para a Biodiversidade Pós-2020 da Convenção para a Diversidade Biológica (CBD), o programa UN-REDD, assim como o Desafio de Bonn.
Parceiros
Em 2021 a Década foi lançada mundialmente, sendo o PNUMA e a Organização de Alimentação e Agricultura (FAO) as agências implementadoras. Nesse mesmo ano, o Fórum de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e Caribe desenvolveu o “Plano de Ação da Década da Restauração de Ecossistemas na América Latina e no Caribe” com dez ações estratégicas para a implementação da Década na região, distribuídas em três pilares principais: Movimento regional; Compromisso político; e Desenvolvimento de capacidade técnica.
Nesse mesmo ano, diversos eventos organizados pelo PNUMA marcaram o lançamento da Década no Brasil (os Diálogos da Restauração) e parcerias estratégicas começaram a ser estabelecidas para a implementação da estratégia e do Plano de Ação. Entre elas, a parceria do PNUMA com a Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE) – a primeira instituição brasileira a se tornar apoiadora oficial da Década no Brasil.
A SOBRE, que reúne 349 instituições e quase 500 membros, tem como objetivo disseminar o conhecimento científico e as boas práticas da restauração ecológica no Brasil, a fim de orientar tomadores de decisões, políticas públicas e legislações relacionadas ao tema, alinhando-se com os três pilares do Plano de Ação da Década.
Como ser um parceiro
A estrutura de parcerias da Década inclui diversas opções de engajamento. Por exemplo, os ‘Atores’ são entidades que estão desenvolvendo ativamente programas e projetos de restauração em campo, apoiando ou facilitando a articulação de atividades de restauração.
Os parceiros da Década devem assumir compromissos de longo prazo com a Restauração dos Ecossistemas, ajudar a ONU a construir recomendações baseadas em evidências e a alcançar novos setores e comunidades. Também é importante que os parceiros se envolvam nos grupos de trabalho e divulguem a Década através de seus canais de comunicação.
Também é possível ser um apoiador da Década usando e divulgando o material de comunicação.
Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.
Fonte: Nações Unidas Brasil.
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