Destaque

Caçadores de sementes: projeto cria banco de espécies para preservação da Mata Atlântica

Fonte

Jornal da USP

Data

quarta-feira, 23 fevereiro 2022 17:15

Como garantir que a Mata Atlântica ainda esteja de pé para as próximas gerações? Para ajudar a responder a esse desafio, o Corredor Caipiraprojeto coordenado por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), está implementando um Banco Ativo de Germoplasma (BAG) no interior do Estado de São Paulo. A iniciativa, com inauguração prevista para o fim deste ano, será composta de 20 espécies raras da flora nativa e tem como objetivo a preservação da biodiversidade local.

O banco funcionará como uma espécie de pomar, onde a vegetação é manejada para ser capaz de produzir mudas e sementes, sem ser prejudicada com isso. Mas, diferente dos pomares tradicionais, que têm espécies disponíveis no comércio, as sementes de um BAG constituído por espécies raras precisam ser recolhidas na natureza, para então serem cultivadas e preparadas para a reprodução.

No caso do BAG do Corredor Caipira, esse trabalho tem como fim o reflorestamento de áreas desmatadas da Mata Atlântica paulista. Sua criação faz parte da implementação de 45 hectares de florestas e agroflorestas na região de Piracicaba. A criação do banco resolve um dos principais gargalos deste processo: a obtenção de sementes de qualidade para a restauração florestal.

Além de colaborar com o reflorestamento, o BAG contribuirá para a manutenção da diversidade genética da região, como destacou o Dr. Edson Vidal, coordenador geral do Corredor Caipira e professor da ESALQ. Ele explicou que, com o banco, será possível cruzar exemplares que estão isolados territorialmente, o que aumenta a probabilidade de sobrevivência dessas espécies.

Segundo o professor, o BAG também será ambiente para pesquisas sobre a vegetação local, oferecendo uma base genética ampla que poderá ser usada para o melhoramento da flora paulista. “Esses estudos podem proporcionar a oportunidade de aprimoramento genético das espécies para características de interesse, como a produção de frutos, de madeira, ou de óleos, alavancando projetos de produção florestal ou agroflorestal e beneficiando a comunidade local”, destacou o professor Edson Vidal.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Valentina Moreira, Jornal da USP.

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