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Pesquisa propõe métodos e ferramentas para avaliação de sistemas de recuperação energética na gestão de resíduos sólidos

Fonte

UFABC | Universidade Federal do ABC

Data

sexta-feira, 28 janeiro 2022 20:10

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) aprovou recentemente, pela primeira vez, projetos coordenados por professores da Universidade Federal do ABC (UFABC) no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE).

Um dos projetos aprovados é intitulado “Proposta de métodos e ferramentas para avaliação do potencial dos sistemas de recuperação energética na gestão integrada de resíduos sólidos municipais aplicados aos municípios de Santo André e Itaquaquecetuba”. A coordenadora é a professora Dra. Juliana Tófano de Campos Leite, do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) da UFABC.

Segundo a FAPESP, o objetivo do PITE é intensificar o relacionamento entre universidades e empresas, por meio de projetos de pesquisa cooperativos e cofinanciados. O programa oferece apoio financeiro a projetos de instituições de ensino e pesquisa no Estado de São Paulo, desenvolvidos em cooperação e cofinanciamento com centros de pesquisa de empresas parceiras, localizadas no Brasil ou no exterior.

Sobre o projeto de pesquisa 

Um dos maiores desafios impostos a nações de todo o mundo, neste século, é o crescimento econômico aliado ao desenvolvimento sustentável. Nesse cenário, a diversificação da matriz energética, com a inclusão de fontes limpas e renováveis, e a geração de resíduos, com foco na sua redução e no uso de tecnologias ambientalmente amigáveis para o seu tratamento, figuram entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU.

Embora esteja entre as maiores economias mundiais, o Brasil ainda apresenta condições precárias na destinação de quase metade do lixo gerado – mais precisamente, de 45% das mais de 79 milhões de toneladas anuais. A matriz elétrica brasileira, por sua vez, apesar de ser majoritariamente renovável, concentra 67% de sua origem em fontes hídricas – que são altamente dependentes de condições climáticas e cujo crescimento é limitado pela disponibilidade de recursos naturais. Uma matriz diversificada e descentralizada, baseada em fontes renováveis, é uma das soluções para atender à crescente demanda energética, evitando a susceptibilidade do sistema a fatores de origem externa.

Nesse contexto, os sistemas de recuperação energética de resíduos sólidos destacam-se como uma alternativa promissora, pois possibilitam tratar os resíduos, reduzir o volume destinado aos aterros sanitários e contribuir com a diversificação da matriz energética.

A implantação desses sistemas na gestão integrada de resíduos sólidos, entretanto, deve seguir a hierarquia preconizada na Política Nacional de Resíduos Sólidos: não geração (prevenção), redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada. O projeto e o dimensionamento desses sistemas dependem de um conhecimento profundo das características dos resíduos locais – que, por sua vez, são heterogêneas e variáveis em função das características de quem os produz, o que torna o processo complexo, oneroso e, por muitas vezes, impreciso.

Nesse sentido, o principal objetivo do projeto de pesquisa, sediado na UFABC, é desenvolver métodos de amostragem e ferramentas para tratamento de dados, com o intuito de auxiliar gestores municipais na avaliação e tomada de decisão sobre a implantação de sistemas de tratamento de resíduos sólidos urbanos, com recuperação energética, a partir de um estudo de caso nos municípios de Santo André e Itaquaquecetuba, localizados no Estado de São Paulo.

Como resultado, pretende-se propor uma metodologia de amostragem e uma ferramenta computacional que auxiliem os gestores municipais em dois grandes desafios, ambos relativos ao processo de análise e dimensionamento de sistemas de gestão integrada de resíduos sólidos com recuperação energética:

1. A determinação das propriedades fundamentais dos resíduos sólidos locais, para um dimensionamento com confiabilidade, em menor tempo e com menores custos;

2. A escolha das tecnologias que irão compor o sistema de gestão integrada de resíduos, considerando-se as características dos resíduos locais e a hierarquia estabelecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Acesse a notícia completa na página da UFABC.

Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa da UFABC.

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