Destaque

Laboratório da USP investiga novas tecnologias para captura e utilização de CO2

Fonte

Jornal da USP

Data

quarta-feira, 5 janeiro 2022 11:10

Os tradicionais processos de captura e transformação de dióxido de carbono (CO2), principal causador do aquecimento global e das mudanças climáticas, precisam ser atualizados. É o que defende o Dr. Claudio Oller, professor titular do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) e coordenador do recém-inaugurado Laboratório de Alta Pressão, que funciona naquele espaço. Um dos focos do laboratório, que integra o Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), é criar alternativas com esse fim, porém mais sustentáveis e econômicas graças à utilização de processos químicos e biológicos por meio de alta pressão.

Entre as iniciativas em curso está o projeto Bioconversão de CO2 no estado supercrítico por bactérias da Antártica, comandado elo professor Oller. “No laboratório trabalhamos com sedimentos do fundo do mar antártico, provenientes da abrasão das geleiras com rochas do continente, que são ricos em microrganismos, como bactérias, alguns deles com até 20 mil anos de idade”, contou o Dr. Claudio Oller. Esse material foi coletado por um dos pesquisadores do projeto, Arthur Ayres, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e participante do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) da Marinha do Brasil.

No laboratório, tais sedimentos passarão por uma série de testes, alguns deles em reatores especialmente desenvolvidos para o projeto. “A ideia é verificar como esses microrganismos se comportam em condições extremas, com grande variação de pressão, sem luminosidade e na presença de um CO2 em estado supercrítico, uma condição especial entre o líquido e o gasoso, obtida por meio de alta pressão”, explicou o professor.

De acordo com o pesquisador, a prospecção desses microrganismos no laboratório pode contribuir para a solução de armazenamento de CO2 em cavernas profundas. “Futuramente esses microrganismos com grande capacidade de metabolizar CO2 poderão ser injetados nesses reservatórios. A meta é que transformem o CO2 de estado supercrítico para o estado sólido, o que evitaria vazamentos. Além disso, poderiam gerar outros produtos a partir do CO2, como hidrocarboneto e álcool. O que estamos investigando em laboratório é a viabilidade não apenas científica, como também econômica desse processo”, apontou o Dr. Oller.

Outro projeto que será desenvolvido no laboratório é Novas tecnologias para captura de CO2: solventes eutéticos profundos (DES) para captura de CO2 e materiais nanoestruturados para separação de gás (materiais avançados para membranas). “A palavra-chave do projeto é seletividade: nosso objetivo é tentar melhorar os filtros de captura de CO2 que já estão sendo utilizados pelas indústrias. Isso porque para transformar o CO2 em outros insumos, como o álcool, o carbono precisa estar puro”, explicou o Dr. Caetano Rodrigues Miranda, professor do Instituto de Física da USP (IFUSP) e um dos coordenadores do projeto.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Acadêmica Agência de Comunicação e Jornal da USP.

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