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Novas ferramentas produzirão melhores estimativas das emissões de metano do permafrost norte
Novas ferramentas desenvolvidas por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, rastrearão melhor as emissões de metano dos ecossistemas permafrost do norte, permitindo, em última análise, previsões globais mais precisas de futuras emissões de gases de efeito estufa.
Um extenso novo conjunto de dados de emissões e mapa das terras úmidas e lagos do norte vai melhorar muito as estimativas das emissões atuais e futuras de metano, disse a doutoranda McKenzie Kuhn, que contribuiu para a pesquisa durante seu doutorado na Universidade de Alberta.
“Uma das coisas que nos limitou no passado em relação a fazer estimativas precisas foi não ter mapas adequados das zonas úmidas e lagos do norte em uma grande escala circumpolar, bem como [não dispor de] medições de emissão correspondentes para esses ecossistemas. É empolgante que estamos começando a ter as ferramentas que precisamos”, disse a doutoranda.
O metano é liberado naturalmente do aquecimento dos sedimentos e do solo nos lagos e pântanos do norte, e ser capaz de medir de perto essas emissões adiciona outra camada de precisão ao cálculo das emissões globais de gases do efeito estufa, observou McKenzie Kuhn.
“Conhecer as emissões atuais e futuras de gases de efeito estufa dos ecossistemas naturais nos ajuda a prever as temperaturas futuras da atmosfera, o que ajudará os formuladores de políticas a decidir quanto precisamos reduzir as fontes humanas de emissões de metano para manter as temperaturas atmosféricas habitáveis. Não podemos impedir que lagos e pântanos emitam metano, mas, como humanos, podemos controlar quanto metano produzimos por meio do uso de combustíveis fósseis”, explicou a pesquisadora.
As ferramentas e descobertas, desenvolvidas por meio de três estudos recentes, podem ajudar a melhorar as pesquisas futuras sobre as emissões de gases de efeito estufa, que serão vitais para as discussões sobre políticas climáticas, como a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021, acrescentou McKenzie Kuhn.
“Quando se fala em metas de redução de emissões, essas metas precisam incorporar o conhecimento de estudos como esses. Se não incluirmos as emissões naturais de metano do Norte, não atingiremos essas metas gerais”, concluiu a doutoranda.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Alberta (em inglês).
Fonte: Bev Betkowski, Universidade de Alberta.
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