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Estudo mostra que poluição do ar reduz os benefícios do exercício no cérebro
Pesquisadores observaram mais de 8.000 participantes em um estudo recente e descobriram que a exposição à poluição do ar pode estar associada a limitações de saúde e volume do cérebro, e que os benefícios da atividade física para a saúde e volume do cérebro não foram observados quando o ambiente tinha níveis mais elevados de ar poluído.
“Este estudo mostra que a poluição do ar está associada a uma pior saúde do cérebro, incluindo lesões na substância branca, que estão relacionadas ao aumento do risco de derrame e doenças neurodegenerativas”, disse a Dra. Melissa Furlong, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. “Observamos que os benefícios da atividade física nas lesões da substância branca no cérebro diminuíram significativamente com o aumento da poluição do ar, de modo que não houve benefício da atividade física nessas lesões na substância branca para pessoas em áreas com os mais altos níveis de poluição do ar. A análise ressalta a importância de reavaliar os padrões de emissões, uma vez que mesmo os baixos níveis de poluição do ar podem afetar o cérebro “, continuou a professora.
A pesquisa foi publicada na revista científica Neurology.
Estudos anteriores mostraram que a atividade física está associada a um risco reduzido de demência e aumenta a cognição e os volumes cerebrais estruturais, enquanto a poluição do ar está associada a um maior risco de demência, piora da cognição e efeitos adversos nos volumes cerebrais. Este estudo investigou como os efeitos negativos da poluição do ar na saúde do cérebro afetam os benefícios do exercício na saúde do cérebro.
“Estamos reconhecendo cada vez mais a importância dos exercícios como um fator de estilo de vida modificável que pode reduzir os efeitos do envelhecimento do cérebro e o risco de doença de Alzheimer”, disse o Dr. Gene Alexander, coautor do estudo e professor de Psicologia na Escola de Ciências da Universidade do Arizona. “Essas descobertas sugerem que podemos precisar considerar como e onde nos exercitamos para obter o máximo de benefícios para o cérebro”, destacou o pesquisador.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Arizona (em inglês).
Fonte: Universidade do Arizona.
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