Notícia
Pesquisadores desenvolvem piso flutuante sustentável com biomassa de florestas
Pesquisadores da Universidade do Porto desenvolveram receita para produzir piso flutuante a partir de resíduos de limpeza de floresta
Divulgação, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Fonte
Universidade do Porto
Data
quarta-feira, 15 dezembro 2021 09:45
Áreas
Construção Civil. Sustentabilidade.
Do chão das florestas para o chão das casas. Este foi o desafio a que se propôs o Laboratório de Ambiente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP): conseguir uma ‘receita’ para a criação de um piso flutuante a partir de resíduos da limpeza de florestas.
“Desta forma, estamos usando o que se obtém da limpeza das florestas para criar estes aglomerados. Em vez destes materiais aumentarem o risco de incêndio florestal ou se decomporem em dióxido de carbono, estamos criando um produto sustentável e contribuindo para a descarbonização”, contou o Dr. Joaquim Esteves da Silva, professor do Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território da FCUP, que liderou na faculdade o trabalho de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (IDT) ‘GreenWood Composite‘.
E como é que se cria o piso a partir de biomassa florestal? “Chega-nos ao laboratório o material recolhido nas florestas e a primeira coisa que fazemos é processar a madeira para extrair a água. Depois de seco e moído, vai a uma prensa e é utilizada uma cola aglomerante”, explicou o professor da FCUP.
A ‘receita’ produzida em laboratório, com equipamentos que permitem chegar a fórmulas otimizadas, necessita depois de fazer o respetivo scale-up nas empresas do setor. No caso deste projeto, financiado pelo programa Portugal 2020, coube à empresa Ferreira Martins e Irmãos, que detém uma fábrica de pisos flutuantes na [cidade de] Póvoa do Lanhoso, ampliar a ‘receita’ a grande escala para ser comercializada.
“A comercialização de novos aglomerados de madeira provenientes da biomassa florestal portuguesa em resultado do projeto, permitirão não só à empresa valorizar as suas vendas como contribuirão também para a economia nacional importando menos madeira e seus derivados, e consequentemente para a economia europeia, no sentido de que se pretende produzir um novo produto com aplicações diversas, como os revestimentos de paredes, pavimentos, mobiliário, decoração, e outras aplicações”, conforme publicado na página da empresa.
Mas este não é caso único de colaboração entre a FCUP e a indústria. Também com esta empresa da indústria de madeiras foi desenvolvido o projeto “NightVision”, que tem por base a investigação de base científica em novos materiais / compósitos fosforescentes (fósforos). “Acrescentamos à madeira estes componentes que fazem com que, de noite, ela brilhe no escuro”, explicou o professor Joaquim Esteves da Silva.
O pesquisador revelou ainda que o seu departamento está também envolvido num novo projeto com a empresa Strong Wood Floors. “Estamos trabalhando numa tecnologia que permita a libertação gradual de aroma” para seja possível criar um piso de madeira com aromas que sejam liberados de forma prolongada.
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.
Fonte: Renata Silva, FCUP. Imagem: Piso desenvolvido. Fonte: Divulgação, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
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