Destaque

Melhores modelos de ‘detergente’ atmosférico podem ajudar a prever as mudanças climáticas

Fonte

Universidade de Rochester

Data

sábado, 6 novembro 2021 10:55

A atmosfera da Terra tem uma capacidade única de ‘limpar a si própria’ por meio de moléculas invisíveis no ar que agem como minúsculas equipes de limpeza. A molécula mais importante dessa tripulação é o radical hidroxila (OH), apelidado de ‘detergente da atmosfera’ por seu papel dominante na remoção de poluentes. Quando a molécula de OH interage quimicamente com uma variedade de gases nocivos, incluindo o potente gás de efeito estufa metano, é capaz de decompor os poluentes em formas que podem ser removidas da atmosfera terrestre.

No entanto, é difícil medir o OH e ele não é emitido diretamente. Em vez disso, os pesquisadores preveem a presença de OH com base em sua produção química de outros gases ‘precursores’. Para fazer essas previsões, os pesquisadores usam simulações de computador.

Em um novo artigo publicado na revista científica PNAS, o Dr. Lee Murray, professor de Ciências Ambientais e da Terra da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, descreveu por que os modelos de computador usados ​​para prever os níveis futuros de OH – e, portanto, por quanto tempo os poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa reativos duram na atmosfera – tradicionalmente produzem previsões amplamente variadas. O estudo é o mais recente nos esforços do Dr. Murray para desenvolver modelos da dinâmica e composição da atmosfera da Terra e tem implicações importantes no avanço das políticas de combate às mudanças climáticas.

“Precisamos entender o que controla as mudanças no radical hidroxila na atmosfera da Terra, a fim de nos dar uma ideia melhor das medidas que precisamos tomar para livrar a atmosfera de poluentes e gases de efeito estufa reativos”, disse o professor.

Os vários modelos de computador existentes usados ​​para prever os níveis de OH foram tradicionalmente projetados com entrada de dados envolvendo níveis de emissões idênticos de gases precursores de OH. O Dr. Murray e seus colegas, no entanto, demonstraram que os níveis de OH dependem fortemente de quanto dessas emissões de precursores são perdidas antes de reagirem para produzir OH. Nesse caso, diferentes cientistas seguem a mesma ‘receita’ (emissões), mas acabam produzindo diferentes resultados (níveis de OH) porque alguns desconsideram alguns ‘ingredientes’ no meio do processo.

“As incertezas nas previsões futuras são motivadas principalmente por incertezas em como os modelos implementam o destino dos gases reativos que são emitidos diretamente”, disse o Dr. Lee Murray.

Como os pesquisadores mostraram, os modelos de computador usados ​​para prever os níveis de OH devem avaliar os processos de perda de gases precursores reativos, antes que possam ser usados ​​para previsões futuras precisas.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Rochester (em inglês).

Fonte: Lindsey Valich, Universidade de Rochester.

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