Notícia
Energia Limpa: Com apoio da FAPEAL, biodigestor é opção acessível e rentável
O GreenEnergy conta com tecnologia 100% nacional e utiliza patentes geradas em laboratório de Alagoas para aumentar sua eficiência
Divulgação, FAPEAL
Fonte
CONFAP | Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa
Data
quarta-feira, 18 agosto 2021 06:25
Áreas
Energia. Engenharia Ambiental. Gestão de Resíduos. Sustentabilidade. Tecnologias.
Sustentabilidade e consciência ecológica: esta dupla integra os novos estímulos que organizações têm utilizado para construir relações com o meio ambiente. Hoje, seja para reduzir custos econômicos ou danos à natureza, o mote é unir a pegada sustentável com a economia dos recursos energéticos.
Atuando neste cenário e compreendendo a vasta potencialidade alagoana no setor, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL) tem buscado apoiar iniciativas ecológicas, direcionando programas e investimentos a projetos que promovam a pesquisa sob um viés inovador.
Contemplada no Programa Centelha Alagoas, a proposta da Reversus Engenharia foi uma das propostas que ressaltaram o objetivo ambiental no seu escopo, associando práticas sustentáveis a mecanismos energéticos eficientes. Originada em 2020, a ideia inovadora surgiu de um estudo de mestrado acerca da produção de biogás e bioetanol a partir da casca da mandioca. Após esta experiência, a equipe submeteu um projeto ao edital da FAPEAL, que se mostrou promissor e foi aprovado.
“A Reversus é uma empresa que nasceu com o DNA da ciência e da inovação e busca gerar soluções acessíveis para problemas ambientais que toda a sociedade enfrenta. Atualmente, temos trabalhado no desenvolvimento de biodigestores econômicos e pretendemos englobar outros projetos ambientais em um futuro muito próximo”, frisou a dupla de sócios da Reversus, José Mendes e Fernanda Peiter.
Com uma equipe de desenvolvimento composta por três mestres e três doutores, o biodigestor GreenEnergy é o trabalho que vem sendo desenvolvido graças aos recursos do programa Centelha. Segundo a equipe, ele é um sistema autônomo – sem eletricidade – que gera energia renovável e permite que qualquer pessoa ou empresa trate seus resíduos orgânicos corretamente. “São utilizados apenas restos de comida e esterco animal: o sistema produz todos os dias o biogás, que pode ser utilizado diretamente em qualquer fogão. Além disso, também produz biofertilizante natural que serve de adubo para jardins e hortas”, frisou a dupla de empreendedores.
O grande diferencial do biodigestor GreenEnergy, de acordo com José Mendes e Fernanda Peiter, é que ele é mais acessível que os concorrentes, uma vez que conta com tecnologia 100% nacional e utiliza patentes geradas no Laboratório de Controle Ambiental da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) para aumentar sua eficiência.
Fase atual do projeto e benefícios futuros
Atualmente, o grupo vem desenvolvendo o projeto e ressalta que finalizou a montagem do protótipo e realizou a partida do sistema – etapa importante para o desenvolvimento dos microrganismos responsáveis pela produção do biogás. Este momento ainda representa a etapa inicial de operação, na qual estão sendo feitos os primeiros testes para verificação do desempenho do biodigestor, averiguando a necessidade de possíveis ajustes mecânicos e hidráulicos.
A expectativa é de que, potencialmente, produto possa causar impacto no mercado de Alagoas, afinal é um estado que é reconhecido principalmente pelas suas riquezas naturais, e desta forma, pode-se dizer que os primeiros benefícios serão ambientais: os resíduos orgânicos, que até então são simplesmente descartados sem nenhuma utilidade, poderão ser reaproveitados na geração do biogás, uma fonte de energia renovável.
“Deste modo, damos um destino mais proveitoso ao ‘lixo’, reduzindo o volume de material que vai para o aterro sanitário, e ainda obtemos uma fonte de energia mais sustentável, diminuindo a necessidade pelo uso de derivados do petróleo, como o gás GLP”, explicam os pesquisadores.
Abordando o aspecto econômico, os estudiosos citam que o gás produzido pelo biodigestor é uma alternativa ao gás de cozinha tradicional, que vem sofrendo altas constantes nos preços. Sendo assim, o biodigestor pode constituir uma solução mais viável economicamente, podendo ser empregado em restaurantes, públicos ou privados, de escolas, hospitais, shoppings, dentre outros. Além disso, o setor de ecoturismo, tão importante para a economia de Alagoas, também poderá ser impactado de forma positiva, uma vez que possui uma rede ampla de restaurantes preocupados com a temática da sustentabilidade.
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Fonte: Tárcila Cabral, Ascom/FAPEAL e CONFAP.
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