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Desastres hídricos dominam lista dos 10 mais destrutivos dos últimos 50 anos
No contexto de um clima global em rápida mudança, os perigos relacionados à água estão no topo da lista de desastres naturais com as maiores perdas humanas nos últimos 50 anos, de acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas por Tempo, Clima e Extremos da Água (1970-2019) – que será publicado em setembro – conclui que dos 10 desastres que causaram o maior número de mortes humanas nas últimas cinco décadas, as secas lideram a lista com 650 mil mortes em todo o mundo.
As tempestades causaram mais de 577 mil mortes, as inundações causaram mais de 58 mil mortes e as temperaturas extremas causaram a morte de mais de 55 mil pessoas.
Eventos de chuva extrema
Trechos do relatório foram divulgados no momento em que as temperaturas em partes da América do Norte aumentam e inundações sem precedentes no centro-norte da Europa continuam a dominar as manchetes.
O serviço meteorológico nacional alemão informou que o volume de chuvas de até dois meses caiu em apenas 2 dias, nos dias 14 e 15 de julho, afetando partes da Alemanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Suíça e Áustria.
De acordo com relatos da imprensa, mais de 120 pessoas morreram apenas na Alemanha e centenas continuam desaparecidas.
Enquanto isso, partes da província central chinesa de Henan receberam mais chuvas acumuladas entre 17 e 21 de julho do que a média típica para um ano completo.
Relação com mudanças climáticas
“Perigos climáticos e hídricos estão aumentando em frequência e intensidade como resultado da mudança climática”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
“O custo humano e econômico foi destacado com efeito trágico pelas chuvas torrenciais e inundações devastadoras e perda de vidas na Europa Central e na China nas últimas semanas”, acrescentou o secretário-geral.
Também observando que as ondas de calor recordes recentes na América do Norte estão “claramente ligadas” ao aquecimento global, Petteri Taalas citou uma recente análise de atribuição rápida de que as mudanças climáticas, causadas pelas emissões de gases de efeito estufa, tornaram a onda de calor pelo menos 150 vezes mais provável de acontecer.
Enfatizando que nenhum país está imune a tais mudanças, o secretário-geral destacou que é imperativo investir mais na adaptação às mudanças climáticas, incluindo o fortalecimento de sistemas de alerta precoce de múltiplos perigos.
Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.
Fonte: Nações Unidas Brasil.
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