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Pesquisadores estudam atitudes e comportamentos pró-ambientais em crianças
Cada dia mais impactantes, as mudanças ambientais – em significativa parte geradas pelos impactos de ações humanas destrutivas ao meio ambiente – são fonte de preocupação quanto à futura sobrevida no Planeta. Respostas antagônicas a esse atual comportamento temerário podem vir de crianças que um dia poderão estar preparadas para mudar esse cenário.
“Assumir uma perspectiva mais social e psicológica ao tratar de comportamentos relacionados ao meio ambiente implica considerar o fator humano como importante agente desse processo, já que suas ações podem tanto intensificar quanto minimizar os problemas ambientais”, é o que enfatizou a professora Dra. Ana Karla Silva Soares, da Faculdade de Ciências Humanas e coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Psicometria e Psicologia Social (NPPPS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que realiza o projeto de pesquisa “Atitudes e comportamentos pró-ambientais em crianças: correlatos valorativos da personalidade e perspectiva de futuro”.
Para a pesquisadora, é fundamental identificar os fatores que estão relacionados à promoção de comportamentos pró-ambientais desde a infância, de forma a promover entre as futuras gerações comportamentos de preservação.
“Nos últimos anos, a preocupação com questões ambientais tem perpassado o contexto acadêmico e cada vez mais faz parte do senso comum. Jornais, revistas e as próprias escolas estão discutindo sobre o assunto diariamente. Partindo desta necessidade e do meu interesse acadêmico em estudar crianças, elaboramos o projeto com o objetivo de verificar a relação entre a atitude e comportamento pró-ambiental com a perspectiva de futuro, valores humanos e personalidade em amostra de crianças, enfatizou a professora Ana Karla.
Para isso, foi formulado um modelo explicativo para predizer as atitudes e comportamentos pró-ambientais a partir das variáveis utilizadas na pesquisa.
Segundo a pesquisadora, “muitas destas variáveis se formam na infância, sendo as experiências, valores, personalidade e conhecimento construídos nesta fase importantes para moldar as atitudes e comportamentos na fase adulta e assim vislumbrar um futuro em que a sociedade tenha interesse e empenho de preservar o meio ambiente”.
Com a colaboração de pesquisadores da região Nordeste – da Dra. Viviany Silva Pessoa, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Dr. Roosevelt Vilar Lobo de Souza, da Faculdades Integradas de Patos, além de bolsistas PIBIC e voluntários, a coordenadora da pesquisa espera que, na prática, os resultados fundamentem a elaboração de projetos futuros de intervenção.
“Que eles permitam a devolutiva dos achados da pesquisa a comunidade no geral, na medida que se promova mais atitudes e comportamentos de compromisso com o meio ambiente a partir das ferramentas que a análise científica e empírica dos dados fornecerá a partir dos achados desta pesquisa”, afirmou a professora.
Acesse a notícia completa na página da UFMS.
Fonte: Paula Pimenta, UFMS.
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