Destaque

Estudo sobre regeneração de capoeiras embasa política pública no Pará

Fonte

Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Data

terça-feira, 25 agosto 2020 19:20

O estudo da Rede Amazônia Sustentável que mostra o acúmulo de carbono em florestas em regeneração no Pará é um dos pilares do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que foi decretado (decreto n° 941) este mês pelo Governo do Estado do Pará. De acordo com o PEAA, o estado deverá zerar suas emissões líquidas de carbono a partir do ano de 2036. Ou seja, ao mesmo tempo em que precisa reduzir o desmatamento ilegal, tem que promover o aumento da regeneração de florestas secundárias (capoeiras) que atuam na absorção do carbono.

Para apoiar a política pública, os pesquisadores calcularam o acúmulo de carbono em florestas secundárias (capoeiras) na região de quatro municípios do estado: Marabá, Parauapebas, Bragança e Santarém.

Segundo a Dra. Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, uma das instituições coordenadoras da Rede Amazônia Sustentável (RAS), há vários fatores que incidem sobre a regeneração das florestas secundárias: “A presença ou ausência de floresta ao redor das capoeiras é um deles. Ela influencia diretamente na recuperação dessas áreas, diminuindo ou acelerando seu ritmo de crescimento. Por isso equilibrar a emissão pela redução do desmatamento e a absorção pelas capoeiras é o ponto-chave para atingir o estágio carbono neutro”.

“Os resultados mostram que as capoeiras em regeneração apresentam uma boa relação custo-benefício para ações de recuperação ambiental, sendo uma estratégia eficaz para tomadores de decisão”, afirmou a pesquisadora.

“Para solucionar um problema grave com muitas variáveis associadas, como é o desmatamento, precisamos de um conjunto de politicas públicas bem desenhadas e amparadas na ciência”, afirmou Wendell Andrade, diretor de Projetos Especiais, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O gestor explica ainda que para tornar o Pará um estado “carbono neutro”, capaz de absorver a mesma quantidade que emite, foi necessário o apoio das bases de dados da pesquisa. “Nós tivemos um pool de parceiros, como o Observatório do Clima, instituições públicas de pesquisa, entre elas Embrapa, Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Museu Goeldi, e instituições do terceiro setor voltadas a entender o comportamento de emissões do Brasil e ter uma base digital atualizada”, concluiu o gestor.

Acesse o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).

Acesse a notícia completa na página da Embrapa.

Fonte: Ana Laura Lima, Embrapa Amazônia Oriental.

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